Mensagem do PM não responde ao País real
«O que nós precisamos é de respostas para o País real», e não de «de discursos em torno de ideias e de um país idílicos», afirmou Jaime Toga, membro da Comissão Política, no dia 25, em reacção à mensagem de Natal do primeiro-ministro.
O chefe de governo, sublinhou o dirigente comunista, «fala-nos num país que não é o que encontramos no dia-a-dia», e ignora números alarmantes, como: os dois milhões de portugueses que vivem abaixo do limiar de pobreza (dos quais, 300 mil são crianças); o milhão de reformados com pensões abaixo dos 500 euros; ou todos aqueles cujo salário não chega ao final do mês.
«É para este país e para estas questões que precisamos de resposta», referiu, frisando que não houve qualquer solução verdadeira nem no OE, nem na declaração do primeiro-ministro, que fala na necessidade de criar riqueza quando, diariamente, 19 grupos económicos somam 32 milhões de euros de lucros.
As soluções necessárias
O dirigente comunista fez questão, ainda, de frisar que são as propostas do PCP, e não os discursos vazios do chefe de governo, que poderão, verdadeiramente, solucionar os problemas que os trabalhadores, o povo e o País enfrentam todos os dias.
A valorização dos salários e pensões, o combate à especulação e a garantia do direito à habitação, as respostas aos problemas do SNS, e a defesa dos direitos dos pais e das crianças, com creches asseguradas a todos os que delas necessitem, foram as propostas destacadas pelo dirigente.