Impunidade de Israel com apoio dos EUA, do Reino Unido e da UE

O apoio dos EUA, do Reino Unido e da UE ao ge­no­cídio co­me­tido por Is­rael na Faixa de Gaza tem per­mi­tido a con­ti­nu­ação dos mas­sa­cres e da ocu­pação e do boi­cote à im­ple­men­tação de su­ces­sivas re­so­lu­ções das ONU. En­tre­tanto, à hora do fecho desta edição, está a ser anun­ciada a pos­si­bi­li­dade de um novo acordo com vista a um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Agressão ge­no­cida contra Faixa de Gaza já matou ou feriu mais de 150 mil pa­les­ti­ni­anos

Apesar dos apelos no âm­bito da ONU e no plano in­ter­na­ci­onal e das or­dens emi­tidas pelo Tri­bunal In­ter­na­ci­onal de Jus­tiça, Is­rael mantém os obs­tá­culos à en­trada de ajuda hu­ma­ni­tária na Faixa de Gaza, de­nun­ciam as au­to­ri­dades pa­les­ti­ni­anas. Mais de dois mi­lhões de pes­soas são re­féns de Is­rael à vista de todo o mundo, afirmam, acu­sando o go­verno is­ra­e­lita de co­meter ge­no­cídio neste ter­ri­tório, que con­tinua sob bom­bar­de­a­mentos.

Di­ri­gentes e forças po­lí­ticas pa­les­ti­ni­anas con­de­naram a pu­bli­cação, em sí­tios da In­ternet ofi­ciais do go­verno de Is­rael, de falsos mapas que pre­tendem mos­trar su­postos “di­reitos his­tó­ricos is­ra­e­litas” sobre grande parte do Médio Ori­ente. Em Ra­mala, o porta-voz da pre­si­dência pa­les­ti­niana, Nabil Abu Ru­deina, lem­brou que a di­vul­gação desses mapas cons­titui uma vi­o­lação fla­grante do di­reito in­ter­na­ci­onal, in­cluindo de re­so­lu­ções do Con­selho de Se­gu­rança da ONU. «Tais po­lí­ticas ex­tre­mistas in­cen­di­aram a re­gião e con­du­ziram às guerras que pre­sen­ci­amos na ac­tu­a­li­dade», des­tacou.

No mesmo sen­tido pro­nun­ciou-se o líder do Con­selho Na­ci­onal Pa­les­ti­niano, Rawhi Fat­touh, que con­si­derou tais «mapas» um apelo à ex­pulsão da po­pu­lação pa­les­ti­niana. Também a Frente Po­pular para a Li­ber­tação da Pa­les­tina de­nun­ciou a pu­bli­cação dos mapas, cujo ob­jec­tivo é jus­ti­ficar a agressão em curso contra o povo pa­les­ti­niano e os planos para ocupar mais terras árabes.

Recém-nas­cidos morrem de frio
O di­rector-geral da Or­ga­ni­zação Mun­dial da Saúde (OMS) de­nun­ciou a morte de sete cri­anças na Faixa de Gaza de­vido ao frio e in­sistiu num cessar-fogo ur­gente e numa so­lução ne­go­ciada. A OMS su­bli­nhou que «à me­dida que as tem­pe­ra­turas baixam em Gaza, as fortes chuvas e o tempo frio tornam mais di­fícil a so­bre­vi­vência das fa­mí­lias des­lo­cadas à força».

A UNRWA, a Agência das Na­ções Unidas de As­sis­tência aos Re­fu­gi­ados da Pa­les­tina no Pró­ximo Ori­ente, já havia aler­tado para o pe­rigo da morte de cri­anças, de­vido ao clima e à falta de re­fúgio no ter­ri­tório.

EUA, Is­rael e Tur­quia vi­olam ter­ri­tório da Síria
Os EUA con­ti­nuam a en­viar re­forços para as suas bases mi­li­tares ile­gais no Nor­deste da Síria. Washington mantém 14 bases no país, si­tu­adas so­bre­tudo junto aos campos de pe­tróleo e gás, a pre­texto do que diz ser a luta contra o “Es­tado Is­lâ­mico”.

Também as forças is­ra­e­litas con­ti­nuam a am­pliar a ilegal ocu­pação de ter­ri­tório sírio, com in­cur­sões ter­res­tres na pro­víncia de Qu­neitra, a 60 qui­ló­me­tros de Da­masco, e o es­ta­be­le­ci­mento de di­versas po­si­ções mi­li­tares fixas.

Is­rael in­ten­si­ficou os ata­ques contra a Síria em 2024, como parte de uma es­ca­lada que co­meçou em 2018, a pre­texto de com­bater a pre­sença ira­niana e as mi­lí­cias pró­ximas do Irão. Mas, apesar do fim do go­verno sírio a 8 de De­zembro, os ata­ques aé­reos e as in­cur­sões ter­res­tres is­ra­e­litas con­ti­nu­aram, cen­trando-se, entre ou­tros ob­jec­tivos, na des­truição das ca­pa­ci­dades mi­li­tares sí­rias.

 



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