Nicolás Maduro tomou posse como presidente da República Bolivariana da Venezuela, no dia 10 de Janeiro, participando em diversas cerimónias e actos de massas que tiveram lugar em Caracas e que contaram com a participação de delegações oriundas de 125 países e de organizações internacionais.
Após a sessão solene na Assembleia Nacional da Venezuela, onde foi dada posse a Nicolás Maduro para o seu novo mandato presidencial, o juramento foi repetido pela Força Armada Nacional Bolivariana, pela Guarda Nacional Bolivariana e pelos presentes nas numerosas manifestações populares em todo o país.
A participação popular, que encheu 10 avenidas da capital, Caracas, e teve também expressão em mais 200 cidades da Venezuela, constituiu uma expressiva e importante resposta às tentativas de ingerência e desestabilização promovidas pelo imperialismo norte-americano e pela extrema-direita golpista.
As mais de 930 medidas coercivas unilaterais, muitas das quais com carácter extraterritorial, promovidas por EUA, Canadá, Reino Unido e UE, o arresto e confisco de bens e verbas pertença do Estado e de empresas venezuelanas, na ordem dos milhares de milhões de dólares, são exemplo das medidas de ingerência e guerra económica impostas à Venezuela e traduziram-se em significativas perdas de receitas para o Estado venezuelano e em dificuldades para as condições de vida do povo venezuelano.
A resposta do povo venezuelano, com acções com dimensão de massas, constitui uma afirmação de soberania e de paz e um contraponto à violenta acção levada a cabo pela extrema-direita golpista e fascista, após a derrota eleitoral de 28 de Julho de 2024. Os herdeiros da oligarquia reaccionária, que constituem a tropa de choque dos interesses do imperialismo no país, não têm hesitado em promover a desestabilização para tentarem impor o retorno à situação de capatazes do saque dos imensos recursos venezuelanos. Antes da nacionalização dos recursos e empresas petrolíferas pelo governo do presidente Hugo Chávez, cerca de 80% dos proveitos com os recursos petrolíferos saíam da Venezuela sob a capa de custos de operação, os restantes 20% eram distribuídos pela oligarquia reinante num quadro de chocante desigualdade na sociedade venezuelana.
Foi invocando a história de resistência contra todas as formas de dominação, o colonialismo e o imperialismo, assim como os exemplos de Simón Bolívar e de Hugo Chávez, que milhares afirmaram o compromisso com a Constituição da República Bolivariana da Venezuela, com o processo de construção de um «modelo social de socialismo e igualdade assim como de consolidação do poder popular».
As manifestações populares decorreram em clima de festa e assumiram diversas formas, como concentrações, desfiles, concertos, caravanas de motociclos, entre outras. Nas acções das massas populares, para além de muitas expressões individuais de apoio à Venezuela bolivariana, foram bem visíveis as expressões de apoio colectivas por parte de forças políticas integrantes do Grande Pólo Patriótico que apoiou a reeleição de Nicolás Maduro, assim como de organizações sociais e de muitas organizações de bairros populares.
A presença do PCP e da JCP nas cerimónias de posse foi uma expressão de solidariedade com a Venezuela bolivariana e a luta do povo venezuelano em defesa da soberania e do direito ao desenvolvimento e ao progresso social, frente à ingerência e à agressão do imperialismo e à violenta acção de desestabilização por parte da extrema-direita golpista venezuelana. Firme e corajosa resistência e luta da Venezuela bolivariana que, não obstante dificuldades e contradições, assume uma grande importância para o povo venezuelano, para a América Latina e as Caraíbas, para o mundo.