Enormes desigualdades na Madeira

Os co­mu­nistas re­a­li­zaram, na Ma­deira, uma ini­ci­a­tiva de con­tacto com os tra­ba­lha­dores de di­versas em­presas, ex­pondo o con­traste entre lu­cros e sa­lá­rios que existe na Re­gião Au­tó­noma. A jor­nada re­a­lizou-se no dia 24.

Na Ma­deira, sa­lá­rios de mi­séria co­e­xistem com preços de luxo


Junto às instalações da Altice – uma das empresas visadas pela iniciativa que se realizou no âmbito da acção nacional Au­mentar Sa­lá­rios e Pen­sões, para uma vida me­lhor –, Ricardo Lume, membro do Comité Central,anotou que «existe uma grande contradição entre o discurso dos governantes, das grandes multinacionais e o que realmente praticam». «Ouvimos dizer que para garantir a valorização dos salários é necessário aumentar a riqueza e a produtividade, mas a realidade é que as empresas que mais lucram são as que mais exploram os trabalhadores», salientou, realçando ainda que são as que «menos valorizam os salários dos seus funcionários, muitos deles especializados, que já estão a auferir o salário mínimo devido à inexistência de aumentos salariais».

Re­fe­rindo-se ao exemplo par­ti­cular da MEO/​Al­tice, o di­ri­gente de­nun­ciou que apesar de «lu­cros fa­bu­losos» (mais de 700 mi­lhões só no ter­ceiro tri­mestre de 2024), a ad­mi­nis­tração da em­presa propõe um «au­mento sa­la­rial de zero euros». «Este é apenas mais um exemplo que de­monstra a con­tra­dição deste sis­tema, pois são as em­presas que mais fac­turam que menos querem au­mentar sa­lá­rios aos tra­ba­lha­dores que lhes ga­rantem os lu­cros», cons­tatou.

Au­mento do custo de vida

Dias antes, noutra jor­nada de con­tacto com a po­pu­lação, di­fe­rentes pes­soas le­van­taram grandes pre­o­cu­pa­ções re­la­tivas ao in­cre­mento do custo de vida que se fez sentir no início de 2025.

«O novo ano co­meçou com o agra­va­mento dos preços de bens e ser­viços es­sen­ciais, como na ali­men­tação, me­di­ca­mentos, te­le­co­mu­ni­ca­ções, rendas de casa, ao mesmo tempo que os grupos ob­ti­veram lu­cros es­can­da­losos», sa­li­entou Ri­cardo Lume. «Ao longo desta jor­nada de con­tacto», con­ti­nuou, «muitas são as pes­soas que apre­sen­taram pre­o­cu­pa­ções com o ga­lo­pante au­mento do custo de vida neste início de ano».

«Cada dia que passa é mais di­fícil chegar com o sa­lário ou a pensão ao fim do mês. Esta é a dura re­a­li­dade da ge­ne­ra­li­dade dos ma­dei­renses e porto-san­tenses», la­mentou o di­ri­gente, para quem esta dura re­a­li­dade se ve­ri­fica por op­ções do Go­verno Re­gi­onal que «não uti­liza o seus po­deres au­to­nó­micos para con­trolar os preços».

 



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