No ano em que se assinala 50 anos de ilegal ocupação de territórios do Saara Ocidental por parte de Marrocos, em violação do direito internacional, 40 organizações portuguesas associaram-se na subscrição de uma carta-aberta dirigida ao primeiro-ministro, onde consideram que o Governo português deve, entre outros aspectos, pugnar imediata e activamente para que sejam promovidos passos efectivos visando a realização do referendo de autodeterminação do povo saarauí, como determinam as resoluções da ONU.
A carta-aberta foi enviada quinta-feira, 27, dia em que a Frente Polisário proclamou, em 1976, a República Árabe Sarauí Democrática.
Como é referido, a Organização das Nações Unidas considera o Saara Ocidental um território por descolonizar, sendo inúmeras as resoluções da ONU que preconizam o cumprimento do direito à autodeterminação do povo saarauí, que Marrocos continua a obstaculizar e boicotar.
As organizações subscritoras, expressando a sua solidariedade para com a luta do povo saarauí, reclamam do Governo português uma posição consonante com os princípios do artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa que, entre outros, reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência.
Coimbra
Também no dia 27 de Fevereiro, o núcleo de Coimbra do Conselho Português para a Paz de Cooperação promoveu uma sessão de solidariedade com o povo saarauí, com o tema Saara Ocidental: A última colónia de África».