O projecto da Enciclopédia nasceu em 1745, quando o livreiro francês Le Breton teve a ideia de traduzir a Ciclopédia, um dicionário ilustrado das ciências e das artes publicado em Londres, em 1728, por Ephraïm Chambers. Foi o começo da grande aventura editorial que teve um tremendo impacto em toda a Europa. Le Breton apresenta a sua ideia ao filósofo e escritor francês Denis Diderot que, mais do que uma mera tradução, imagina a edição de um «quadro geral dos esforços do espírito humano em todos os géneros e em todos os séculos». Diderot associa-se ao matemático e filósofo Jean Le Ron d’Alembert e, em 1750, ambos apresentam um Prospecto visando arranjar apoio financeiro para o projecto. Respondem ao apelo cerca de 2000 pessoas, entre as quais a influente Madame Pompadour, mecenas das artes e favorita do rei Luís XV. O sucesso da Enciclopédia é imediato, mas as vicissitudes não tardam, incluindo a sua proibição devido a artigos críticos da religião. Diderot publica 10 tomos clandestinamente. Dos 28 volumes que terão sido publicados no total, até 1772, participaram cerca de 200 autores, incluindo as mais proeminentes figuras do Iluminismo francês, como Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Condorcet, Quesnay, Turgot, Marmontel, Helvétius e Paul Heinrich Dietrich.