Lusa
Apesar disso, as forças iemenitas prosseguem os ataques, no Mar Vermelho e na zona do Golfo de Áden, contra navios que se dirigem para Israel, depois do governo israelita ter desrespeitado o acordo que estabeleceu com a autoridade palestiniana e ter imposto de novo o criminoso bloqueio à ajuda humanitária àquela população e ter retomado os bombardeamentos na Faixa de Gaza, provocando milhares de mortos e feridos.
Em resposta aos bombardeamentos contra o Iémen levados a cabo pelos EUA, que desta forma demonstram uma vez mais o seu apoio à política genocida e criminosa de Israel, as forças iemenitas procuram atingir os navios de guerra norte-americanos destacados na região.
Irão responde aos EUA
A Administração norte-americana, presidida por Trump, recrudesce as ameaças de agressão militar contra o Irão, em que se insere a instalação de bombardeiros estratégicos e outros meios militares dos EUA no Índico.
Respondendo à carta enviada a 12 de março por Trump via Emirados Árabes Unidos quanto a negociações para um novo acordo sobre a questão nuclear do Irão – recorde-se que em 2018 Trump retirou unilateralmente os EUA do anterior acordo com o Irão –, as autoridades iranianas responderam via Omã que estão dispostas a envolver-se em negociações indirectas, através de um mediador, enquanto o Irão estiver sujeito a «pressão máxima» e ameaças militares, nomeadamente pelos EUA, mas também por Israel.
A 4 de Fevereiro, Trump decidiu restaurar a política de «pressão máxima» sobre o Irão, apesar das suas afirmações de que está disposto a envolver-se diplomaticamente com Teerão. Entretanto, as autoridades iranianas apresentaram um protesto formal suscitando uma reacção do Conselho de Segurança das Nações Unidas perante a ameaça do presidente norte-americano, Trump, de conduzir ataques militares contra o Irão, alertando Washington e Telavive para uma resposta rápida e decisiva em caso de qualquer acto de agressão.
Sublinhando que o Irão continua firmemente comprometido com a paz, a estabilidade e a segurança no Médio Oriente e que não tem qualquer interesse em conflitos ou escaladas, as autoridades iranianas advertem contra qualquer aventureirismo militar e que responderão a qualquer acto de agressão ou ataque dos EUA ou de Israel, contra a sua soberania, integridade territorial ou interesses nacionais, responsabilizando os EUA pelas graves consequências de qualquer acção hostil.
O Irão denuncia que o presidente dos EUA tem sistematicamente desconsiderado e violado todas as normas e princípios internacionais sobre os quais as Nações Unidas foram fundadas e que ameaça constantemente países independentes com o uso da força.