Baixos sa­lá­rios e pen­sões, au­mento do custo de vida, ataque aos di­reitos, de­gra­dação dos ser­viços pú­blicos, di­fi­cul­dades no acesso à saúde e à ha­bi­tação, des­va­lo­ri­zação da es­cola pú­blica, de­sin­ves­ti­mento pú­blico, uma li­mi­tada ca­pa­ci­dade pro­du­tiva, apro­fun­da­mento da de­pen­dência, com­pro­me­ti­mento da so­be­rania são re­sul­tados da po­lí­tica de di­reita que su­ces­sivos go­vernos do PSD, PS e CDS le­varam a cabo e que o Go­verno PSD/​CDS pros­se­guiu e apro­fundou. Go­verno PSD/​CDS que contou com o apoio do Chega e IL e, nas ques­tões es­sen­ciais dessa po­lí­tica, contou também com a cum­pli­ci­dade e apoio do PS.

Hábil em ope­ra­ções de pro­pa­ganda para en­co­brir a falta de res­posta aos pro­blemas na­ci­o­nais, este foi e con­tinua a ser, mesmo em gestão, o Go­verno ao ser­viço do grande ca­pital, da sub­missão à UE e à NATO e do ali­nha­mento com a cor­rida aos ar­ma­mentos e a es­ca­lada mi­li­ta­rista, de con­fron­tação e guerra; o Go­verno que apro­fundou as de­si­gual­dades e in­jus­tiças com os prin­ci­pais grupos eco­nó­micos a ob­terem lu­cros es­can­da­losos, em cho­cante con­traste com os baixos sa­lá­rios e as baixas pen­sões.

Ora, é pre­ciso um outro Go­verno e uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda, que com­bata as de­si­gual­dades e in­jus­tiças, ponha fim ao fa­vo­re­ci­mento dos grupos eco­nó­micos, ga­ranta uma vida digna para os tra­ba­lha­dores, os re­for­mados e a ju­ven­tude; que ga­ranta a saúde, a ha­bi­tação, a pro­tecção so­cial, a edu­cação, a paz; que apoie as micro, pe­quenas e mé­dias em­presas e de­fenda e pro­mova a pro­dução na­ci­onal; pro­mova o de­sen­vol­vi­mento e o pro­gresso so­cial do País.

Um com­pro­misso que, con­fir­mando a ac­tu­a­li­dade do pro­grama elei­toral apre­sen­tado pelo PCP há um ano, contém um con­junto de me­didas con­cretas e até ime­di­atas, in­se­ridas numa pers­pec­tiva de rup­tura com a po­lí­tica que tem sido se­guida e que opta pelo ca­minho al­ter­na­tivo de que o País tanto ne­ces­sita. Uma po­lí­tica só pos­sível de con­cre­tizar com a in­ten­si­fi­cação da luta de massas, o alar­ga­mento da uni­dade e con­ver­gência com de­mo­cratas e pa­tri­otas, o re­forço elei­toral da CDU e da afir­mação do PCP como força in­dis­pen­sável.

É com este com­pro­misso que o PCP e a CDU avançam para a ba­talha elei­toral que tem nas pró­ximas elei­ções le­gis­la­tivas um mo­mento par­ti­cu­lar­mente im­por­tante, de­sen­vol­vendo um in­tenso pro­grama de con­tacto com as po­pu­la­ções, de es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação con­fi­ante para o voto na CDU.

Tudo isto ao mesmo tempo que se in­ten­si­ficam con­tactos na pre­pa­ração das elei­ções au­tár­quicas, que este ano vão ter lugar, se de­sen­volvem as ses­sões pú­blicas da CDU de apre­sen­tação de can­di­datos como acon­teceu em Se­túbal e Serpa, com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-Geral do PCP, e no Seixal e se de­sen­volve e am­plia, por todo o País, uma grande jor­nada de es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação po­pular para o apoio à CDU.

Im­por­tan­tes­lutas elei­to­rais que estão a de­sen­volver-se num mês mar­cado pelas co­me­mo­ra­ções do 25 de Abril (em que se in­te­grou o al­moço co­me­mo­ra­tivo, no do­mingo pas­sado em Loures, com a par­ti­ci­pação de Paulo Rai­mundo) e que, sob o im­pulso da luta, no­me­a­da­mente das ma­ni­fes­ta­ções de 5 de Abril em Lisboa, Porto e Coimbra, con­vo­cadas pela CGTP-IN, se de­sen­volve a acção rei­vin­di­ca­tiva nas em­presas e lo­cais de tra­balho e, a partir dessa acção, a pre­pa­ração da grande jor­nada de luta do 1.º de Maio.

Do mesmo modo, de­sen­volve-se também a luta pela paz e de so­li­da­ri­e­dade com o povo pa­les­ti­niano, no mo­mento em que o im­pe­ri­a­lismo, par­ti­cu­lar­mente os EUA, a NATO e a UE ali­mentam a cor­rida aos ar­ma­mentos, ins­tigam con­flitos e focos de guerra e a re­ac­ci­o­nária Ad­mi­nis­tração Trump impõe a su­bida agra­vada das ta­rifas adu­a­neiras.

A quinze dias do 25 de Abril, afir­mando os seus va­lores, im­porta di­na­mizar a pre­sente ba­talha elei­toral para o re­forço da CDU. CDU que é a força de­ci­siva na de­fesa da li­ber­dade e da de­mo­cracia, do re­gime de­mo­crá­tico e da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica.