Culminando uma jornada de protesto e denúncia do agravamento das condições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os utentes do concelho de Sintra participaram, sábado, em Mem-Martins, numa marcha «Pela defesa do SNS».
Amarcha contou com a participação de Pedro Ventura e de Ana Maria Alves, respectivamente, primeiros candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Sintra.
«O caos que se vive em muitos hospitais nos serviços de urgência e especificamente no Hospital Amadora-Sintra, com tempos de espera infindáveis, nalguns casos superiores a 30 horas, é consequência da situação de ruptura em que se pretendeu colocar o SNS», acusam os utentes, assegurando que «a falta de médicos de família condiciona o acesso aos cuidados primários de Saúde, com as óbvias consequências de congestionamento das urgências hospitalares».
As críticas estendem-se ao «encerramento, regular, aos fins de semana, dos serviços de urgência de pediatria e obstetrícia», que são «um inquietante e preocupante exemplo da situação em que nos encontramos».
Neste documento aprovado por unanimidade também se aborda a recente ameaça de implementação de uma parceria público-privada (PPP) para toda a Unidade Local de Saúde (ULS)de Amadora-Sintra (Hospital Amadora-Sintra e todos os centros de saúde do concelho de Sintra e Amadora), que [a ser concretizada] será «o culminar de um processo que visa a privatização de serviços».
Entre outras medidas, os utentes exigem o pleno acesso das populações aos cuidados de saúde; reforço da rede de Cuidados de Saúde Primários; médico e enfermeiro de família para todos; um novo hospital público no concelho de Sintra, com 320 camas.