Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, morreu na segunda-feira aos 88 anos, anunciou o Vaticano.

Natural de Buenos Aires, formou-se como técnico químico antes de escolher o caminho clerical, entrando, em 1958, para a Companhia de Jesus, e sendo ordenado padre em 1969. Ao longo dos anos, além de funções docentes, assumiu diversos cargos na Igreja, como provincial dos jesuítas na Argentina (1973), arcebispo de Buenos Aires (1998) e cardeal (2001).

Eleito papa em 2013 (na sequência da renúncia de Bento XVI), é o primeiro latino-americano a assumir estas funções, escolhendo o nome papal em homenagem a S. Francisco de Assis.

Francisco foi, como afirmou o PCP em nota divulgada no dia da sua morte, um papa que marcou os católicos e outros cristãos, com «grande proximidade às causas da paz, dos direitos económicos e sociais e da justiça», expressa nas encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti, e em diversas declarações, por uma Igreja para «todos, todos, todos», a favor da paz (impossível, afirmou, «sem um verdadeiro desarmamento»), e contra o genocídio na Palestina. A sua morte, sublinhou Paulo Raimundo, representou, por isso, um momento triste não só para os católicos, mas, também, «para todos os amantes da paz e da justiça social».

Portugal decretou três dias de luto nacional.

O funeral de Francisco será no sábado, sendo expectável que os cardeais reúnam em conclave no início de Maio para a eleição do novo Papa.