A JCP promoveu em Lisboa, no dia 17, um debate inserido nas comemorações do centenário do nascimento de Octávio Pato, sobre o contributo do destacado dirigente comunista para a luta da juventude. Dezenas de jovens comunistas e outros militantes e amigos do Partido reflectiram sobre o legado de uma vida inteira dedicada à luta dos trabalhadores, do povo e da juventude e seus impactos nos combates que os jovens hoje travam pelos seus direitos e aspirações.

Na mesa estiveram André Arrojado, da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, que dirigiu os trabalhos, Guilherme Almeida, da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, e Domingos Abrantes, destacado militante do Partido e resistente antifascista.

Domingos Abrantes detalhou não só o contributo individual de Octávio Pato, mas todo o percurso da luta dos jovens contra o fascismo, com destaque para o papel do MUD Juvenil. Jovens que nasceram numa geração «em que tudo parecia escuro» e já «a ouvir falar na morte do comunismo», mas que, mesmo assim, «ergueram firmemente a bandeira do Partido e seus ideais», impedindo que o «regime ganhasse os jovens».

Domingos Abrantes apelou ainda a que os jovens presentes tomassem o futuro nas suas mãos, de forma firme e corajosa, pois «a liberdade não caiu do céu» e «não se travam lutas difíceis com pessoas que se assustam».

Após um momento de debate, Guilherme Almeida, destacou a importância de Octávio Pato e do MUD Juvenil para compreender a «construção da unidade» e apontou ainda para o intensificar da luta enquanto condição necessária para «transformar o mundo novo», como reflecte o lema do Congresso da JCP marcado para Novembro.

Antes das intervenções, houve um momento cultural em que a camarada Anabela declamou um poema de sua autoria, intitulado “Somos Comunistas”, como homenagem e valorização aos «homens e mulheres na barricada da vida» que dizem presente para lutar contra «quem pisa gente».

No Centro de Trabalho Vitória está patente uma exposição evocativa dos 100 anos do dirigente comunista.