PARA RESPONDER AOS PROBLEMAS É PRECISO REFORÇAR A CDU
«mudar de política é a questão essencial»
Por duas vezes no período de uma semana, centenas de milhares de pessoas encheram de luta e de confiança as ruas do País: nas comemorações do 51.º aniversário do 25 de Abril e na jornada do 1.º de Maio, importantes acções de massas pela afirmação dos valores de Abril, pela exigência de resposta aos problemas e aspirações dos trabalhadores e no combate pela transformação social.
Tal como o 25 de Abril, o 1.º de Maio foi uma jornada de luta de grande significado, pela dimensão, combatividade e confiança no futuro dos muitos milhares que, com grande participação juvenil, se juntaram nas dezenas de iniciativas que a CGTP-IN promoveu por todo o País.
Foi, mais uma vez, uma extraordinária acção de massas pela ruptura com a política de direita que o Governo prossegue, a reclamar respostas para um vasto conjunto de reivindicações concretas e a exigir uma alternativa política que responda aos problemas, afirme um novo modelo de desenvolvimento soberano, promova a produção nacional, o aumento geral e significativo de todos os salários e pensões, a garantia e melhoria dos direitos dos trabalhadores, um sistema fiscal mais justo e a defesa e reforço do SNS, da Escola Pública, da Segurança Social e do acesso à habitação.
A colocar a necessidade de, como sublinhou o Secretário-Geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, no dia 18 de Maio, se reafirmar como questão fundamental a valorização do trabalho e dos trabalhadores. «Nesse dia seremos chamados a eleger 230 deputados (e não um primeiro-ministro). Há deputados a mais ao serviço do capital, é preciso outro rumo, o voto de quem trabalha tem de garantir que na Assembleia da República estarão mais deputados comprometidos com os interesses dos trabalhadores e com a defesa e melhoria de direitos, com os valores e conquistas de Abril. No dia 18 de Maio vamos levar a luta até ao voto!».
É neste contexto de luta e confiança que avança a campanha eleitoral para a Assembleia da República, com uma grande dinâmica da CDU.
Destacam-se, nesta semana, as diversas iniciativas realizadas por todo o País, entre as quais aquelas em que participou o Secretário-Geral do PCP, dando centralidade às propostas da CDU em diversas áreas. Cresce também, em diferentes sectores, a manifestação concreta de apoios à CDU e desenvolve-se uma ampla acção de agitação e propaganda, de contacto e esclarecimento, de mobilização confiante para o apoio e o voto na CDU. Uma acção que é preciso prosseguir, envolvendo também a preparação das eleições autárquicas e a valorização do projecto distintivo da CDU de Trabalho, Honestidade e Competência.
A batalha eleitoral que se trava é uma luta desigual. Os órgãos da comunicação social dominantes continuam a desvalorizar ou desvirtuar as candidaturas e as propostas da CDU. O grande capital, que os controla, tudo faz para impedir que o povo conheça as soluções de que a Coligação PCP-PEV é portadora, a sua acção em defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País. Tudo faz para evitar que se saiba que há uma alternativa política ao atoleiro de exploração, empobrecimento, desigualdades e injustiças em que a política de direita mergulhou o País.
Por tudo isto, mais exigente se torna este combate para todos os militantes e simpatizantes do PCP e da CDU, para todos os democratas e patriotas sem filiação partidária que reconhecem na CDU a força política com soluções para um Portugal com futuro. É necessário ganhar para o voto na CDU todos os que se revêem no seu projecto. Mas também os que já votaram em outros partidos.
Há 80 anos, a 9 de Maio de 1945, a Segunda Guerra Mundial terminava na Europa: o nazi-fascismo, expressão brutal do capitalismo, soçobrava perante o Exército Vermelho da União Soviética, as tropas das potências Aliadas e os movimentos de resistência popular. O papel destacado assumido na vitória pela União Soviética, pelos comunistas e por outros sectores patrióticos, progressistas e anti-imperialistas, moldou o cunho democrático do pós-guerra. O mundo nunca mais foi o mesmo. Uma luta que é preciso prosseguir e intensificar, na actualidade, contra o fascismo e a guerra, em defesa da democracia, pelo progresso social, a cooperação entre os povos e a paz, face a uma situação nacional e internacional, em que se instiga a guerra e a corrida aos armamentos, em que Israel (com apoio dos EUA) sujeita o povo palestiniano a um verdadeiro processo de extermínio e genocídio,se ameaça a paz e se põe em risco o futuro da Humanidade.
Prosseguindo a luta pela resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País, as batalhas eleitorais serão travadas, com força e confiança, para dar mais força à CDU. Condição determinante para resistir, sair da situação actual e avançar para uma outra política vinculada aos valores de Abril.