Ainda sob o impacto do poderoso movimento de massas que saiu à rua para afirmar os valores de Abril e para participarna jornada de luta do 1.º de Maio e da campanha eleitoral que a CDU vem dinamizando por todo o País, afirmando as soluções de que é portadora para a resolução dos problemas nacionais, no próximo domingo,o povo português será chamado a fazer ouvir a sua voz.

Os trabalhadores e o povo são chamados a fazer opções face a uma situação nacional e internacional complexa e à necessidade vital de dar resposta aos problemas que se vêm acumulando com graves consequências na sua vida: baixos salários e baixas pensões em contraponto aos lucros brutais dos grupos económicos, subida do custo de vida, enormes desigualdades sociais, ataque aos serviços públicos e desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, graves limitações no acesso à habitação, privatizações, corrupção, instigação da guerra e corrida aos armamentos, limitações à soberania nacional e crescente submissão às imposições da União Europeia e da NATO.

Os trabalhadores e o povo são chamados a fazer opções, num quadro político em que a CDU é portadora de propostas e soluções para melhorar as suas condições de vida, a começar pelo aumento geral e significativo dos salários e das pensões, pela recuperação da capacidade dos serviços públicos com destaque para a saúde com o reforço e aumento da capacidade do SNS, a concretização de condições que garantam o acesso à habitação, a aposta nos transportes públicos e na mobilidade, a promoção de uma política económica que aposte na produção nacional, recupere o controlo público sobre os sectores estratégicos, promova o desenvolvimento e a justa distribuição da riqueza, defenda o ambiente e os recursos naturais, assegure a defesa do regime democrático, ponha em prática uma política externa de paz e cooperação.

Os trabalhadores e o povo têm direito a uma vida melhor e o País tem condições para garantir essa vida melhor, tão mais próxima quanto maior for o reforço da CDU e da luta.

São precisos mais votos e mais deputados da CDU, para enfrentar com coragem o capital monopolista, a direita e os projectos reaccionários e retrógrados e para apontar as soluções que se impõem.

Como sublinhou o Secretário-Geral do PCP no domingo passado no comício em Lisboa, «estas eleições podem contribuir para clarificar a situação nacional e está nas mãos dos trabalhadores e do povo não perder esta oportunidade para dar mais força, mais votos e deputados do PCP, mais votos e o regresso de deputados do PEV, é isso que decide e pesa para soluções na vida que importa ao povo português».

Dar mais força à CDU, é dar mais força a um voto que vale pelo que recusa e também pelo que projecta. O voto na CDU é o voto que recusa a direita e a sua política, venha ela de onde vier, tenha ela as formas que tiver. É o voto que recusa as privatizações, as parcerias público-privadas, o desvio de dinheiros públicos para os interesses privados, a especulação imobiliária, Mas, em simultâneo, é também o voto que avança com soluções para os problemas e projecta uma política alternativa patriótica e de esquerda que desenvolva o País.

Nas ultimas eleições a CDU obteve 205 mil votos e elegeu 4 deputados. Nenhum desses votos foi traído ou usado para fazer o contrário dos compromissos assumidos.

Todos e cada um desses votos foram úteis, todos esses votos, mesmo que insuficientes, foram decisivos para enfrentar a direita, para enfrentar o capital, para defender os trabalhadores, o povo e a juventude.

Para resistir e avançar, é, pois, preciso, nestas eleições, garantir mais votos, dar mais força à CDU.

Como a vida mostra, não há avanços, sem o reforço da CDU. Dando mais força à CDU ficaremos em melhores condições para desenvolver a luta por uma vida melhor, para responder aos problemas nacionais, para garantir o desenvolvimento soberano de que o País precisa.

Todos os que têm participado nas lutas pela resolução dos seus problemas sabem que puderam sempre contar com a compreensão e o apoio das forças políticas que constituem a CDU. Por isso mesmo, só terão a ganhar em ter ao seu lado uma CDU mais forte.

Alarga-se o apoio à CDU, como se vem constatando na rua, nos milhares de contactos realizados ao longo desta campanha. Mas ainda há muito a fazer nos dias e horas que faltam até às eleições. É preciso continuar esta acção de contacto, esclarecimento e mobilização confiante para o apoio e o voto na CDU.

Foi esse o sentido do apelo de Paulo Raimundo no domingo passado: «com Abril e a razão de Abril do nosso lado, vamos ao trabalho com determinação, com confiança e, não menos importante, com a profunda alegria de quem não está aqui para se servir do povo, mas para o servir e se empenha para melhorar as suas condições de vida.»

É com esta confiança que a CDU tudo tem feito (e continuará a fazer) para conseguir o seu reforço nestas eleições. E, depois do 18 de Maio, tudo fará igualmente para levar essa força à luta por uma vida melhor, que vai ser preciso intensificar.