- Nº 2685 (2025/05/15)

Pedida em Alpiarça mais força por «decretos» para a maioria

CDU

«Uma parte do aumento dos salários também se faz por decreto», observou Paulo Raimundo, segunda-feira à noite, em Alpiarça, no comício que encheu o largo do Águias, demonstrando grande mobilização.

O Secretário-Geral do PCP respondeu«aos que dizem que queremos aumentar os salários por decreto» com um desafio: que cada um desses vá às empresas, explicar «em que decreto está escrito que o caminho é explorar, concentrar a riqueza nas mãos de uns poucos e apertar os salários e a vida dos trabalhadores».

Paulo Raimundo recordou que «os salários aumentam com a luta, com a coragem e com um governo e uma política ao serviço da maioria». «Uma parte do aumento dos salários também se faz por decreto», a começar por um salário mínimo nacional de 1000 euros, em 1 de Julho. E o Governo «pode aumentar os salários dos trabalhadores da Administração Pública, que põem os serviços públicos a funcionar».

De igual forma, «é por decreto que se põe fim à caducidade da contratação colectiva e se repõe o tratamento mais favorável ao trabalhador – instrumentos fundamentais para aumentar os salários».

Nas eleições de domingo, «queremos mais votos, mais força e mais deputados, porque queremos a vida de cada um a andar para a frente, queremos elevar as condições de vida da maioria do nosso povo».

Paulo Raimundo sublinhou que a CDU é «a força que sente e vive as dificuldades tal como elas são», porque «cada um de nós sabe bem» quanto custa pagar a electricidade, as rendas de casa e as prestações, as telecomunicações, os alimentos, os medicamentos. «Os nossos candidatos são esse povo trabalhador, gente ligada à vida, que não se resigna, que organiza a luta e anda para a frente», afirmou, indicando o exemplo de Inês Santos, a cabeça-de-lista no distrito, que «tem provas dadas, de coragem e de luta, não fala de cor».

Em resposta a afirmações de Luís Montenegro, o Secretário-Geral do PCP desafiou a que votem na CDU aqueles reformados que não têm direito a medicamentos gratuitos. Assim, «dão força à nossa proposta de gratuitidade dos medicamentos para todos os reformados e dão uma lição à mentira, à ilusão e à propaganda do Governo».

Pouco antes, Inês Santos, trabalhadora da Nobre Alimentação e dirigente do sindicato da CGTP-IN no sector (SINTAB), defendera «mais força à CDU, àqueles que, ao longo dos anos, têm provado que estão sempre ao lado dos trabalhadores». A primeira candidata por Santarém lembrou propostas da CDU que asseguraram a construção de uma residência de estudantes em Rio Maior, garantiram verbas para uma nova ponte na Chamusca e levaram à abolição das portagens na A13 e na A23. No futuro, as propostas da CDU e a luta dos trabalhadores e do povo conseguirão «fazer o distrito avançar e vencer este rumo de abandono a que PSD, CDS e PS o votaram».

João Luís Madeira Lopes, da associação Intervenção Democrática, assinalou que «sempre que a CDU obtém melhores resultados eleitorais, a sua capacidade de influência aumenta e a vida do povo melhora».

O comício foi apresentado por Mário Pereira, candidato da CDU à presidência da CM de Alpiarça, que valorizou este «importante sinal de força e determinação, mobilização e empenhamento». Assim se mostrou também «a confiança com que a CDU se apresenta às eleições legislativas» e «a trabalhar com toda a confiança» para obter de novo «a vitória» nos órgãos municipais e das freguesias do concelho.