Cinco candidatos da CDU pelo círculo eleitoral do Porto – ligados às mais variadas áreas da vida, entre eles estudantes, advogados ou empregados – intervieram numa sessão pública dedicada ao tema da habitação. A iniciativa realizou-se, no dia 7, em Rio Tinto, Gondomar, onde viver, em casa arrendada ou com empréstimo ao banco, significa, cada vez mais, ter um autêntico garrote ao pescoço.
A encerrar o período de intervenções, Paulo Raimundo foi claro nas suas críticas: «Isto não é nenhum mercado», é antes, isso sim, «uma cambada de abutres que nos sugam e sugam para se continuarem a encher e a encher». Antes de terminar, o Secretário-Geral convidou o público a um exercício de reflexão. «Se olharmos para o sector da habitação onde o Estado detém apenas dois por cento de habitação pública e o resto está nas mãos dos privados, pensemos no que significaria para a vida de cada um se outros sectores fundamentais estivessem na mesma situação», afirmou, referindo-se à Saúde ou à Educação.
Já antes Alfredo Maia, cabeça-de-lista pelo Porto, tinha apontado que sempre que o PCP apresenta propostas para conter as prestações bancárias, para travar o aumento das rendas ou para os bancos pagarem pelos lucros que obtêm à custa do sacrifício das famílias, essas são chumbadas. Prova de que os partidos da CDU «não são iguais aos outros».
Na sessão intervieram ainda Fátima Pinto, João Ferreira, Martim Magalhães, Raquel Ferreira.