Rússia propõe negociações directas e sem condições prévias com a Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs ao governo da Ucrânia retomar negociações directas e sem condições prévias, no dia 15 (hoje) em Istambul.
Ainda em Março de 2022 realizaram-se negociações entre a Rússia e a Ucrânia que resultaram num acordo assinado por ambas as partes, mas posteriormente não cumprido pela parte ucraniana, tendo Kiev também interrompido as conversações entre os dois países.
A proposta de retoma das negociações foi feita pela Rússia após o final das comemorações, a 9 de Maio, em Moscovo, dos 80 anos da Vitória sobre o nazi-fascismo, nas quais participaram representantes de dezenas de países.
«Estamos dispostos a negociações sérias com a Ucrânia», afirmou Putin, enfatizando que o objectivo consiste em eliminar as causas mais fundas do conflito e «conseguir uma paz duradoura a longo prazo». Putin afirmou igualmente que durante as conversações será possível acordar um novo cessar-fogo que seja respeitado pela Rússia e pela Ucrânia.
O líder russo reiterou que a Rússia «nunca rejeitou o diálogo com a Ucrânia» e acrescentou que aqueles que realmente desejam a paz não podem senão aprovar esta proposta de negociações directas.
O presidente russo agradeceu os esforços para uma solução política da crise ucraniana levados a cabo por países como a China, o Brasil e alguns países do Médio Oriente. Também referiu a actual Administração dos EUA, que se juntou a esses esforços.