Caos nos serviços de saúde em Coruche

O Serviço de Atendimento Complementar (SAC) de Coruche está encerrado desde 2 de Maio deste ano. A CDU considera este «um grave ataque ao direito à saúde das populações do concelho».

Compromisso com a defesa do SNS

O encerramento do SAC de Coruche torna ainda mais caótica a situação vivida em Coruche, tendo em conta a redução de horários e a saída de vários médicos. A isto soma-se o atendimento complementar aos fins-de-semana estar reduzido, com o horário das 9 às 19 horas, sendo frequente não haver qualquer médico de serviço, ficando o atendimento entregue a um enfermeiro, um auxiliar e um segurança.

Ainda segundo a CDU, actualmente, «3378 utentes não têm médico de família atribuído, num universo de 19 003 inscritos. Ainda que a situação possa parecer controlada “no papel”, a realidade é que milhares de utentes não conseguem consultas nem aceder a receituário há meses». «Em muitos casos, têm sido as farmácias a garantir o fornecimento de medicamentos, numa inversão inaceitável das responsabilidades do Serviço Nacional de Saúde», acrescenta a Coligação PCP-PEV, informando que, «com esta degradação dos serviços de saúde de Coruche, muitos doentes são obrigados a deslocar-se ao Hospital Distrital de Santarém, com todas as dificuldades logísticas e económicas que tal acarreta».

Desvalorização do SNS
A CDU responsabiliza directamente o Governo PSD/CDS por esta situação, «uma vez que são os seus cortes, opções e desvalorização do SNS que levam à destruição de serviços públicos essenciais». No entanto, «esta ofensiva tem contado com o apoio cúmplice do PS, do Chega e da Iniciativa Liberal, que têm rejeitado propostas concretas para reforçar o SNS e garantir a fixação de profissionais», desmascaram os comunistas e ecologistas.

Por tudo isto, exige-se o restabelecimento urgente do SAC em Coruche; a reposição de médicos de família e o reforço da capacidade de resposta do Centro de Saúde; a criação de um Serviço de Urgência Básica (SUB) em Coruche, devidamente equipado com meios humanos e materiais, capaz de manter as urgências abertas de forma permanente, garantindo o direito à saúde e o atendimento de proximidade que a população merece.

 



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