- Nº 2685 (2025/05/15)

É tempo de um compromisso com a esperança e da ousadia das convicções

Opinião

Estamos nos metros finais de uma etapa que tem lugar no próximo domingo, mas que continua com a luta, com a preparação das eleições autárquicas e da Festa do Avante! e o esforço permanente de reforço do Partido.

Apresentámo-nos a estas eleições legislativas com o valioso património de quem conhece os problemas dos trabalhadores, das populações e do País e fez deles, e das soluções para os ultrapassar, o conteúdo fundamental da sua acção política em todas as frentes. Apresentámo-nos como a força de palavra, que fala verdade e não vira a cara aos desafios. Aliás, foi o que fizemos, desde o primeiro dia, com o actual Governo PSD/CDS e a sua política submissa aos interesses do grande capital.

É esta clareza e coerência que, para lá das palavras, dá garantias de uma intervenção que não falta nem engana. A força que está lá quando há eleições e continua a lá estar depois das eleições.

O PCP, a CDU, tem sido a força que tem estado junto dos trabalhadores das Carnes Nobre em Rio Maior, dos trabalhadores da indústria vidreira na Marinha Grande, das conserveiras da ESIP em Peniche, dos trabalhadores da Sumol+Compal em Pombal e Almeirim, e tantas outras empresas e sectores de norte a sul do País, incluindo as regiões autónomas.

A força da esperança de que vale a pena lutar. Mas também da convicção e da confiança na luta por uma outra política que aposte nos portugueses, nas suas capacidades e vontades. A força da esperança e da confiança resultante da convicção de que o que melhor serve Portugal é a luta por uma sociedade mais livre e solidária, e que isso só é possível derrotando as políticas de direita.

Uma esperança que resulte numa política que valorize os trabalhadores, combata as injustiças sociais, sacuda visões fatalistas. Convicção de que é tempo de afirmar um Portugal independente e soberano, cujo compromisso fundamental seja com a causa da paz e da solidariedade.

É sempre tempo de dizer que é necessário que os portugueses, desde logo os atingidos pela política de direita, assumam o compromisso de reforçar os que dia-a-dia, todos os dias, lutam por um Portugal com futuro, para uma política alternativa, patriótica e de esquerda, tão mais possível quanto maior for o reforço da CDU.


É preciso ousar!
Este é o tempo de prosseguir a planificação da intervenção, porque a batalha das legislativas não é dissociável da batalha das eleições autárquicas que está em desenvolvimento. Planificar a intervenção para o contacto rua a rua, porta a porta, porque é necessário alargar a malha da nossa acção, ousar ir onde não fomos ou fomos pouco ou porque descobrimos que existe um problema que requer a nossa intervenção.

Tal como é sempre tempo de cada militante assumir um compromisso de contribuição para a mobilização e intervenção com vista ao esclarecimento. Bem sabemos que outra coisa não temos feito, mas também bem sabemos a sua importância para a eficácia da nossa acção.

É também tempo de dedicarmos uma outra atenção aos preparativos com vista à realização da Festa do Avante!, nomeadamente no que respeita à sua divulgação e à construção ousada da rede de venda da EP. É tempo, sempre tempo, para trazer novos militantes ao Partido, responsabilizar mais quadros, alargar a nossa influência, aprofundar a intervenção nos locais de trabalho, esse trabalho permanente, irrenunciável e audaz de construir um Partido mais forte.

 

Rui Fernandes