Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro garantiu que as eleições de 25 de Maio vão realizar-se e apelou à unidade do povo e à sua participação na votação face às ameaças de novos planos terroristas.
No Palácio de Miraflores, sede do governo, em Caracas, o chefe do Estado reuniu-se com os organismos de segurança, a poucos dias das eleições em que serão escolhidos, pela primeira vez de forma conjunta, governadores, deputados à Assembleia Nacional (parlamento) e representantes dos conselhos legislativos estaduais, cargos a que concorrem mais de seis mil candidatos.
O governo venezuelano reiterou a denúncia de planos terroristas com uso de explosivos contra sedes diplomáticas, hospitais, infraestrutura de transporte, dirigentes da Revolução e da oposição, assim como subestações eléctricas. As autoridades anunciaram a captura, até ao início desta semana, de 38 pessoas ligadas a estes planos, 21 venezuelanos e 17 estrangeiros de diferentes nacionalidades, prosseguindo os órgãos competentes do Estado as acções visando a detenção de outros implicados. Esclareceram que os planos terroristas são dirigidos pela opositora Maria Corina Machado e Ivan Simonovis, este residente nos EUA, e são financiados pelo narcotráfico colombiano sob as ordens dos ex-presidentes Álvaro Uribe, Ivan Duque, Andrés Pastrana e Juan Manuel Santos. E apelaram ao reforço das medidas de protecção do Sistema Eléctrico Nacional, desde os bairros até às grandes centrais eléctricas, bem como a activar de maneira permanente a vigilância popular, policial e militar.
Maduro destacou que a realização de eleições faz parte da defesa do país e da luta por um novo modelo económico, social e político, pela independência da Venezuela. Denunciou que o grupo que procura sabotar o ambiente pacífico das eleições tem relações «com gente muito poderosa do governo dos EUA, com os mafiosos mais criminosos do poder norte-americano». E assegurou que quem decidirá as eleições do próximo domingo, 25, de forma soberana e pacífica, será «o nobre, heróico e valente povo venezuelano no exercício pleno dos seus direitos a votar, a eleger e a governar o país».