O Avante! dá nota de diversas greves que decorreram durante o mês de Maio, em diferentes empresas e sectores, como a restauração, os têxteis e a indústria automóvel e alimentar.
Nos bares da CP, os trabalhadores, ao serviço da ITAU, reuniram no dia 20, no Porto, onde aprovaram uma moção entregue, na parte da tarde, à empresa na sua sede em Carnaxide. Com esta acção, demonstraram, novamente, à concessionária ITAU que não podem admitir a posição da empresa, que insiste em não cumprir os direitos e retribuições previstos no AE em vigor.
No dia 16, na Aunde, Vendas Novas, os trabalhadores cumpriram uma greve de duas horas na parte da manhã. Convocada pelo SINTEVCC-SUL, a acção prendeu-se com a falta de resposta da administração a reivindicações como melhores salários e o respeito pelas normas legais para a marcação de férias. O piquete de greve contou com Valter Loios, dos órgãos executivos da Inter.
No dia 19, os trabalhadores da Autoneum, Setúbal, em greve, reunidos em plenário, reiteraram a exigência de um aumento salarial de 100 euros e convocaram greves parciais no início de Junho. Os trabalhadores decidiram, igualmente, dar espaço para que a empresa apresente uma proposta neste sentido, convocando novo plenário ainda em Maio para analisar o possível posicionamento da administração.
Cerca de quinhentos trabalhadores da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, em greve, concentraram-se, no dia 16, à frente do Ministério das Finanças, lutando contra a última contraproposta da administração da empresa pública, que prevê um aumento salarial de apenas 52 euros. Para os trabalhadores, a subida nos salários nunca poderá ser inferior a 56,58 euros.
Os trabalhadores da Sumol+Compal em Pombal estiveram em greve entre os dias 14 e 16, numa acção da qual o SINTAB, em declarações à imprensa, fez um balanço positivo, mencionando uma adesão que chegou a superar os 90 por cento. Na empresa, os trabalhadores lutam pela valorização das carreiras, o aumento dos salários e a negociação do contrato colectivo de trabalho.
Face a dois meses de salários em atraso, os trabalhadores da MB2 Manufacture, Guarda, fizeram greve no dia 9. Durante a acção, um numeroso grupo de trabalhadores manteve-se, em protesto, à porta da empresa. A concentração contou com a presença solidária de dirigentes do PCP, que reforçaram a necessidade do pagamento dos salários e da melhoria das condições de trabalho.
Já no início do mês, dia 8, os trabalhadores da Vista Alegre, Alcobaça, numa concentração, reivindicaram aumentos salariais, mais condições laborais e mais respeito por parte de uma empresa que, em 2024, facturou mais de 24 milhões de euros de lucro.