Na mais recente edição do boletim Alerta Vigilante, o PCP denuncia os atropelos aos direitos dos trabalhadores em várias empresas do sector.
Na Câmara Municipal de Lisboa (CML), informa, os vigilantes que transitaram da Powershield para a PSG «só receberem 2/12 do subsídio de Natal». Há também férias por gozar e a Powershield não pagou a totalidade do subsídio de férias. Para o PCP, este é «um problema de todo o sector da vigilância», onde as empresas se agarram às leis laborais «que lhes dão mais jeito no momento». Os comunistas questionam a razão pela qual a CML «não contrata directamente os vigilantes».
Também na Câmara Municipal do Porto (CMP) as condições de vida e de trabalho dos vigilantes têm piorado devido aos sucessivos concursos e respectivas transmissões de estabelecimento nos serviços de vigilância privada. Muitos destes trabalhadores, alguns dos quais prestam serviço na autarquia há mais de 20 anos, ficaram com pagamentos em falta aquando da passagem da empresa Protecção Total para a Securitas. Com o novo concurso voltarão a transitar para uma de três empresas: Práxis, Noite e Dia e, novamente, Proteção Total.
Para o PCP, é «inaceitável que a CM Porto recorra a empresas subcontratadas para funções permanentes». O que serve aos trabalhadores, acrescenta, é a «internalização na CM Porto, como o PCP e a CDU têm proposto e afirmado».