- Nº 2687 (2025/05/29)

Greves nos transportes

Trabalhadores

Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) retomaram na segunda-feira, dia 26, com adesão praticamente total, o ciclo de greves, de duração crescente, que tinham suspendido em Abril.

Na altura, como agora lembrou o STAL/CGTP-IN, o Governo comprometeu-se a entregar ao sindicato, até às eleições de dia 18, um documento com respostas às exigências dos trabalhadores, mas este compromisso não foi cumprido.

A greve foi convocada por cinco dias, até amanhã, dia 30, mas admitia-se a sua suspensão, dependendo do resultado de uma reunião no Ministério das Finanças, na terça-feira. Esta reunião foi desconvocada pelo Governo.

Junto do primeiro piquete de greve e também na reunião da Câmara Municipal, através do seu vereador Francisco Queirós, o PCP e a CDU reafirmaram a solidariedade com esta longa luta, salientando que os motoristas têm uma qualificação profissional exigente e dispendiosa, têm elevada responsabilidade, mas continuam integrados na carreira de assistente operacional e auferem baixos salários. Isto torna a carreira pouco atractiva e é já crónica a falta de pessoal nos SMTUC.

No Metropolitano de Lisboa, começou no dia 23, sexta-feira, uma greve ao trabalho suplementar e a eventos especiais, por um período de 30 dias, renovável. As organizações sindicais (o STRUP, da FECTRANS/CGTP-IN, o STTM, o SINDEM, o SITESE, o STMETRO e o SITRA), num comunicado emitido dia 22, realçaram que a única saída para este conflito é «o célere cumprimento dos acordos feitos» pela administração e os representantes dos trabalhadores. «Não podemos aceitar que uma empresa pública possa continuar a manter uma relação laboral com os seus trabalhadores, no impasse do seu futuro e do que é verdade, ou mentira», protestaram.