O Presidente da República indigitou Luís Montenegro para formar e apresentar Governo, mais um passo para o prosseguimento da política dirigida contra os trabalhadores e o povo, alinhada e ao serviço dos grupos económicos e das multinacionais e dos seus interesses.
Uma política antipopular e um caminho desastroso ao qual o PS já deu garantias de apoio e sustentação, desde logo com a viabilização da entrada em funções do Governo da AD (PSD/CDS) e viabilizando igualmente a sua política.
Ora, o que se impõe é isolar a política de direita e a sua agenda reaccionária e dar combate sem hesitação às forças de direita, sejam PSD e CDS, sejam Chega e IL, e não estender a mão a quem a prossegue e oferecer-se para força de suporte a essa política e a essa agenda, como decidiu, mais uma vez, a direção do PS.
E, ao fazê-lo, não só dá a mão às opções políticas do Governo como permite ao Chega manter a encenação de oposição e acentuar o seu caminho de demagogia e mentira e, assim,esconder a sua verdadeira agenda e objectivos antidemocráticos e os riscos que a sua acção representa para os direitos dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, para a liberdade e a democracia.
O PCP enfrentará de forma clara e corajosa os projectos e agenda da direita e do que ela representa ao serviço dos interesses do grande capital. Fá-lo-á, desde logo, com a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo com o que significa de clarificação política e de oposição ao Governo da AD, mas também como sinal de combate, de esperança e de caminho alternativo e pespectiva para os trabalhadores, as populações e para a juventude.
Um caminho alternativo que exige o cumprimento, todos os dias e na vida de todos, da Constituição da República.
Foineste sentido que Paulo Raimundo anunciou em Sesimbra a realização da marcha «Cumprir a Constituição. Aumentar salários e pensões para uma vida melhor», a 26 de Junho, em Lisboa e no Porto.
Uma marcha por aquilo que realmente importa, a vida de cada um. E para essa vida de cada um, é preciso que se cumpra a Constituição. É preciso que se cumpram os salários, as pensões, a habitação, a saúde, os direitos das crianças, a paz.
Uma marcha de combate e resistência, mas também de liberdade e democracia e para a qual se apela à participação de todos quantos estão justamente preocupados com a actual situação que vivemos.
Um apelo que se dirige a todos os democratas e patriotas, para que se juntem e convirjam com o PCP, nesta marcha aberta a todos, no decorrer da qual serão entregues ao primeiro-ministro os muitos milhares de assinaturas recolhidas no âmbito da acção nacional que o PCP vem promovendo e que tem esta semana uma jornada particularmente intensa, por todo o País.
Entretanto, teve início na passada terça-feira na Assembleia da República, a XVII Legislatura. Honrando os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, o PCP marcou o início do mandato, com a apresentação de iniciativas legislativas com soluções para responder a problemas prementes: salários, pensões, saúde, habitação, paz.
Do mesmo modo, o PCP dinamiza a acção de afirmação da CDU e do seu projecto, com diversas iniciativas por todo o País, de que foram expressão as sessões públicas da CDU em Alcácer do Sal e Sesimbra, que contaram com a participação do Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo.
Prossegue a preparação das eleições autárquicas, com a afirmação da CDU e do seu projecto e a constituição das candidaturas da Coligação PCP-PEV a estas eleições.
A CDU, um projecto de gente séria e honesta sempre ao serviço das populações, nunca para se servir delas. Uma frente unitária e popular, aberta a todos e integrada por gente que, vindo dos mais variados quadrantes, se revê em duas premissas fundamentais: é gente que quer viver melhor na sua terra e, acima de tudo, é gente de trabalho, honestidade e competência.
Dinamiza-se também a preparação da Festa do Avante, grande espaço de cultura, liberdade e democracia, dando prioridade à sua divulgação e venda da EP.
Intensifica-se igualmente a luta pela paz, de que foi expressão o Encontro Pela Paz no passado sábado no Seixal, bem como as acções de solidariedade com a Palestina como vai acontecer no dia 4, em Lisboa.
Desenvolve-se a luta em torno da acção reivindicativa nas empresas, sectores e locais de trabalho, bem como a luta das populações pelo cumprimento dos seus direitos.
Cumprindo o seu papel o PCP resiste à ofensiva que a direita quer aprofundar, toma a iniciativa dinamizando a acção pela ruptura com essa política e pela alternativa patriótica e de esquerda de que o País precisa para resolver os seus problemas estruturais e assegurar um futuro como País soberano, de progresso social e de paz.