- Nº 2689 (2025/06/12)

Sete compromissos da CDU para a habitação em Loures

CDU

Gonçalo Caroço, actual vereador e candidato da CDU a presidente da Câmara Municipal de Loures, apresentou no passado dia 2 em Santo António dos Cavaleiros sete compromissos para a área da habitação que, segundo afirma, «fazem a diferença».

Entre os compromissos assumidos está a criação de pelo menos 150 fogos com rendas acessíveis e a construção de 400 novos fogos destinados à habitação pública. A par destas medidas, destaca-se a intenção de actuar sobre imóveis em que o município possa exercer o direito de preferência, com especial atenção aos casos de especulação imobiliária, como os observados junto às chamadas «Torres da Fidelidade».

A CDU propõe ainda: trabalhar com o Governo para aproveitar terrenos e edifícios do Estado ou de empresas públicas, com vista à construção de habitação pública, financiada por apoios da Administração Central; criar um programa municipal de habitação digna e acessível para pessoas com deficiência; manter os programas de apoio ao arrendamento e às prestações bancárias, criados ainda durante a anterior gestão CDU; apoiar propostas apresentadas na Assembleia da República, como a criação de um Programa Nacional de Habitação (com investimento de 1% do PIB), a revogação da Lei dos Despejos, e a regulação das rendas e da duração mínima dos contratos de arrendamento (fixando um período mínimo de 10 anos).

Demagogia
Gonçalo Caroço acusou o candidato do PS à presidência da Câmara, Ricardo Leão, de promover um discurso «populista, marcado por acusações falsas, injustas e graves» contra a gestão da CDU, sem permitir contraditório. De acordo com o eleito da CDU, esta postura visa «desviar atenções da dura realidade vivida em Loures», marcada pelo agravamento das condições de vida nas áreas da habitação, saúde, educação e rede de creches. «É um discurso que esconde a falta de soluções dentro das suas próprias competências», afirmou.

Inoperância
Sobre os últimos quatro anos, lamentou que os preços da habitação e das rendas em Loures tenham subido de forma incomportável. «Temos jovens casais obrigados a sair do concelho, com a emancipação cada vez mais distante, e famílias da classe média a enfrentarem dificuldades inaceitáveis», afirmou. Face a esta situação, tem aumentado o número de pessoas a viverem em condições indignas, com casos de partilha forçada de quartos ou habitações sobrelotadas, ou ainda em barracas, como nas Marinhas do Tejo (Santa Iria de Azóia) e no Bairro do Talude (Catujal).