Viver melhor na nossa terra é um direito
Com a CDU é possível viver melhor nas nossas terras: foi esta a ideia central transmitida por Paulo Raimundo nas sessões públicas da CDU realizadas nos dias 6 e 7 em Mirandela, Vila Real, Viana do Castelo e Braga.
«Todos, independentemente de opções anteriores, são bem-vindos e fazem falta à CDU.» O Secretário-Geral do PCP falava, no dia 7, em Braga, mesmo no coração da cidade minhota. «Se quiserem fazer tudo o que está ao vosso alcance para que se viva melhor na vossa terra e se forem gente de trabalho, honesta e competente», têm na CDU um lugar. A força que une «independentes e até gente de outros partidos, gente que teve outras opções de voto em eleições anteriores, mas que sabem que os que aqui estão são gente séria». «Gente», insistiu, «que serve o povo e que nunca se serve do povo».
«Sabem que está aqui este projecto autárquico que garante que se possa viver melhor em cada terra e também no País», com «gente muito diversa, independente, sem filiação partidária, de outros partidos, que se juntam ao PCP e ao PEV». «Esta força», frisou, «unitária e popular, ligada à vida e à realidade, que respeita e valoriza os trabalhadores», com «um projecto ao serviço do movimento associativo, da cultura, desporto e dos direitos dos mais idosos, mais jovens e das crianças».
Candidatos para melhorar Braga
Garantir uma vida melhor no concelho de Braga e naquela região, como mencionou Paulo Raimundo, concretiza-se, por exemplo, com a implementação do passe intermodal (à semelhança do Porto e Lisboa), com a ligação da linha ferroviária até Guimarães, com a reposição das freguesias decidida pela população ou com a reversão da PPP no Hospital de Braga.
Em Braga há muita gente pronta para assumir esse compromisso e que integrará as candidaturas da CDU nas próximas autárquicas. Candidaturas que serão encabeçadas por João Baptista e Sandra Cardoso, apresentados como primeiros candidatos, respectivamente, à Câmara e Assembleia municipal durante a iniciativa.
Viana do Castelo
«Estamos aqui a apresentar propostas, caminhos, mas também a prestar contas», salientou Paulo Raimundo na manhã do mesmo dia, no Jardim Público de Viana do Castelo, onde a CDU, para além de um vereador na Câmara Municipal, gere as freguesias deViana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela, Darque e, já no concelho de Caminha, Vilar de Mouros. «É assim porque é o estilo de trabalho e a forma de estar da CDU, desta força que, a partir das autarquias, responde aos anseios de milhares e milhares de pessoas que nos dão força que é o mesmo que dizer que dão força às suas próprias vidas», afirmou.
Na iniciativa, outras cinco intervenções (de dirigentes do Partido, activistas da CDU e eleitos autárquicos) deram expressão ao que é o trabalho e as principais preocupações da CDU na região: do trabalho autárquico em Darque e em Viana do Castelo, à água pública, educação e intervenção junto do movimento associativo.
Defender o Nordeste Transmontano
No dia anterior, 6, a sessão pública em Mirandela realizou-se num sítio simbólico: no cais da antiga estação ferroviária, sinónimo do abandono a que a região de Trás-os-Montes está entregue. «O facto desta iniciativa se realizar neste cais de embarque é evidência que a resignação nunca será associada à nossa coligação», afirmou Fátima Bento, membro do CC. Ali, na Assembleia Municipal de Mirandela ou na Assembleia da República, há uma voz que continua a exigir a reposição da linha ferroviária entre a Brunheda e Mirandela, a CDU.
Este foi apenas um dos vários exemplos de como a CDU está empenhada em defender o Nordeste Transmontano. O mesmo se passa nos restantes 11 concelhos do distrito de Bragança, como provaram os candidatos e eleitos (de Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flor e Bragança) da coligação ao longo da sessão.
«Cá estamos, em cada freguesia, em cada terra e município, para que se possa viver melhor na nossa terra. É esse o nosso compromisso», afirmou, por sua vez Paulo Raimundo. «Damos a devida centralidade às terras e às pessoas que lá moram», pois «todas as terras e pessoas importam de igual forma», assegurou, recordando o 81.º artigo da Constituição da República Portuguesa e uma das incumbências prioritárias do Estado: «promover a coesão económica e social de todo o território nacional». O que não se verifica, por exemplo, quando a urgência de cirurgia geral está encerrada no Hospital de Mirandela há mais de um ano, recordou.
Trás-os-Montes e Alto Douro é região viva que resiste
Na sala do Arquivo Distrital de Vila Real, no dia 6, agricultores, operadores de restauração, trabalhadores do serviço postal, professores, deram voz àqueles que são os problemas da região, assim como as principais preocupações e compromissos da CDU.
Mais uma vez, a desertificação e as suas consequências foram nota geral ao longo de toda a iniciativa em que se verificou que os problemas, apesar de serem os mesmos, continuam a agravar-se.
«Não precisamos deste país inclinado em que cai tudo para o litoral. Não há cidadãos e regiões de primeira e de segunda. O direito de aceder ao SNS vale tanto aqui como em Lisboa. O acesso à educação vale tanto em Peso da Régua como no Porto», destacou Paulo Raimundo, para quem esta afirmação não é nenhum «rasgo de originalidade». «É o que está na Constituição da República Portuguesa, que precisa de «ser cumprida e não revista».
Igual importância deu o Secretário-Geral às questões da produção vitivinícola. Da vinha ao vinho, o PCP e a CDU estão junto destes produtores, algo que se verificará já no próximo dia 2 de Junho, na manifestação dos viticultores do Douro que se realizará no Peso da Régua.
«Grândola precisa de continuar e andar para a frente»
Na passada quinta-feira, o Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo, participou na apresentação pública de Fátima Luzia como candidata da CDU a presidente da Câmara Municipal de Grândola (CMG). Subiram também ao palco António Figueira Mendes, presidente da CMG; António Pereira, da Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano (DORLA) e responsável pela organização concelhia de Grândola; e André Martelo, membro do Comité Central e responsável pela DORLA.
Com 56 anos e funcionária pública da CMG, Fátima Luzia tem um longo percurso de dedicação ao concelho. Foi presidente da Junta de Freguesia de Grândola entre 2009 e 2013 e, desde então, lidera a Junta de Grândola e Santa Margarida da Serra. É reconhecida pela sua proximidade à população, garra e compromisso com os direitos dos trabalhadores, jovens, agricultores e pequenos comerciantes.
No seu discurso, manifestou «honra» por «poder dar continuidade a um caminho trilhado com seriedade e competência pelo actual executivo da CMG, presidido pelo camarada Figueira Mendes, cuja dedicação à nossa terra ao longo de décadas é um exemplo para todos».
Comprometeu-se com uma «campanha de verdade, baseada em factos e na transparência» e garantiu que continuará a exigir ao Governo o reforço de recursos humanos no Centro de Saúde de Grândola – com mais médicos, outros profissionais de saúde e instalações dignas – bem como a reabertura do serviço de urgência 24 horas.
Alertou também para a «ameaça de catástrofe ambiental» que representa a intenção de instalação da Mina da Lagoa Salgada. Apontou ainda propostas como o transporte gratuito para as praias e medidas para fixar os jovens no concelho.
Paulo Raimundo assegurou que a CDU tudo fará para que a população de Grândola – e de todo o País – possa «viver melhor na sua terra». Sobre Fátima Luzia, destacou que é «o primeiro rosto» de uma «frente unitária e popular» que «une» muitos independentes e eleitores de outros partidos, e que «responde, a partir das autarquias, aos anseios, interesses e direitos da maioria da população, dos trabalhadores e da juventude».
Paulo Raimundo no Funchal
Mais de 200 activistas, independentes e militantes da CDU, que integra o PCP e o PEV, marcaram presença, este domingo, num almoço-comício realizado no Funchal. Referindo-se aos desafios do tempo presente, Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, adiantou que «este é o tempo de combater a política de baixos salários e pensões, de ataque aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos, de negação do direito à habitação, de privatizações e outras grandes negociatas, de mais injustiças e favores ao capital, de submissão nacional e corrida aos armamentos». Intervieram também Edgar Silva, Coordenador Regional do PCP, e Tobias Freire, da Juventude CDU.