Acções em Julho e Agosto
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais confirmou a convocação de um plenário de técnicos especializados de educação, para ontem, à tarde, frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. Fruto da luta, a integração destes profissionais nos quadros ficou inscrita no Orçamento do Estado, mas falta informação sobre a prorrogação dos contratos, que terminam a 31 de Agosto.
«Trabalhar aos feriados sempre fez parte da actividade dos trabalhadores da Cultura, mas estes têm direito a uma justa compensação e ao respeito pelas condições de trabalho diferenciadas», afirmou a FNSTFPS, confirmando a greve do pessoal dos museus, monumentos e sítios arqueológicos, a 15 de Agosto.
Também a 15 de Agosto, estarão em greve os trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, com funções de observadores meteorológicos/geofísicos. Exigem, como explicou a FNSTFPS, a integração de todos na carreira técnica superior, para resolver uma situação grave que se arrasta desde 2008.
Por aumentos salariais e outras matérias incluídas no Caderno Reivindicativo, os trabalhadores do Núcleo de Rádio-Diagnóstico (NRD), em Lisboa, organizados no CESP, fizeram greve, nos dias 17 e 18, e concentraram-se no exterior do serviço, dirigindo-se aos utentes.
No dia 19, sábado, fizeram greve os trabalhadores da ITX (Inditex) no distrito do Porto, para exigirem o cumprimento integral do contrato colectivo de trabalho. O CESP destacou o respeito pelo direito a descanso compensatório, após o trabalho ao domingo, referindo ainda o pagamento dos retroactivos desde 2019. De manhã, realizou-se uma concentração junto do Norte Shopping.
Nos primeiros dias de Julho, o CESP promoveu acções de protesto junto de lojas do Pingo Doce, no Porto, em Oeiras, no Barreiro, em Santarém, em Monção e outros concelhos. Aos clientes, foi denunciada a situação na empresa relativamente a salários baixos, horários desregulados, ameaças e pressões, más condições de trabalho.
Contra desigualdades nos aumentos salariais, os trabalhadores da Praia Ambiente (empresa municipal na Praia da Vitória, Açores) decidiram fazer greve, a 1 de Agosto, anunciou o STAL.
O Sindicato da Hotelaria do Norte está a realizar, até ao fim do mês, uma quinzena de luta em frente a hotéis e unidades similares. Começou à porta do Hotel Brasileira, no Porto. Neste hotel de cinco estrelas, do Grupo Pestana, foram retirados direitos, como a alimentação em espécie e o pagamento devido dos feriados.
Para a próxima segunda-feira, dia 28, às 11h30, a FESAHT convocou uma acção nacional de protesto em frente à sede da AHRESP, pela negociação do contrato colectivo de trabalho, depois de a associação patronal ter rejeitado uma proposta que enviou à federação para assinatura, após negociação.
Na semana passada, ocorreram greves e concentrações de trabalhadores dos CTT em vários centros de distribuição postal, com a exigência comum de admissão de pessoal, para melhores condições de trabalho e melhor serviço à população. O SNTCT referiu as lutas em Évora, Sesimbra, Marinha Grande, Palmela.
Anteontem, dia 22, fizeram greve os trabalhadores da Faurecia (Forvia), em Bragança, que se concentraram, ao fim da manhã, no exterior da fábrica. Como explicou o SITE Norte, nas negociações «a nova administração desvaloriza totalmente todas as reivindicações dos trabalhadores», pelo que estes já admitiram voltar a fazer greve em Agosto.
Para dia 31, no Porto, está marcada uma manifestação, com início às 15 horas, no Largo Soares dos Reis. A estrutura distrital da CGTP-IN promove esta acção, por melhores salários e direitos, para «dar combate a esta política de retrocesso, empobrecimento e desigualdades».
Para 7 de Agosto, no Algarve, foi convocado um dia de luta, com âmbito regional, que incorpora greves e paralisações em vários sectores e uma concentração, na Rua de Santo António, em Faro às 11h30.