Governo português é cúmplice dos crimes de Israel
Em nota de dia 28, o PCP expressou, novamente, «o seu mais veemente protesto e indignação» face à cumplicidade do Governo português com os crimes de Israel contra o povo palestiniano.
Executivo está «em flagrante confronto» com a Constituição
A nota vem na sequência da exigência, por parte do Governo liderado por Luís Montenegro, de excluir referências à fome em Gaza e ao direito dos palestinianos à alimentação da declaração final da cimeira da CPLP, que decorreu em Bissau no dia 18.
Para o Partido, esta atitude é mais um exemplo da subserviência do Executivo perante «o sionismo israelita o imperialismo norte-americano», responsáveis pelo «horror e o sofrimento» do povo palestiniano na Faixa de Gaza e nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, «com a criminosa cumplicidade da UE».
«Dia após dia, os grandes meios de comunicação social mostram imagens de uma violência e crueldade sem limites, e uma contabilidade sinistra de assassínio deliberado das populações, incluindo a infame imposição da fome, que está atingir particularmente bebés e outras crianças», recorda o PCP.
Perante esta situação, afirmam os comunistas, condicionando a sua posição «às decisões das grandes potências imperialistas da UE», o Governo assume uma atitude vergonhosa e cúmplice ao se recusar a condenar o genocídio do povo palestiniano e a reconhecer o Estado da Palestina.
«A extrema gravidade dos crimes de Israel e o seu sistemático desrespeito pelo direito internacional exigem a mais firme e frontal condenação, e o inenarrável sofrimento do povo palestiniano e a sua legítima luta por um Estado independente e soberano reclamam a intensificação da solidariedade internacional», destaca o Partido, para quem o Governo português está «em flagrante confronto» com os valores inscritos na Constituição.
O PCP valoriza, ainda, as «importantes acções de solidariedade que têm tido lugar em Portugal», como a iniciativa de homenagem às mais de 17 mil crianças palestinianas mortas por Israel, que o CPPC, MPPM, CGTP-IN e Projecto Ruído organizam no dia 7, às 10h00, no Rossio, Lisboa.