Eleições municipais na Venezuela

Vitória bolivariana

As forças pro­gres­sistas e re­vo­lu­ci­o­ná­rias ve­ne­zu­e­lanas triun­faram na es­ma­ga­dora mai­oria dos mu­ni­cí­pios do país. O Par­tido Co­mu­nista da Ve­ne­zuela (PCV) go­verna nove au­tar­quias.

A di­fe­rença per­cen­tual entre bo­li­va­ri­anos e opo­sição ronda os 10 pontos

Em­bora os re­sul­tados de­fi­ni­tivos não te­nham sido ainda di­vul­gados pelo Con­selho Na­ci­onal Elei­toral da Ve­ne­zuela, com cerca de 98 por cento dos votos es­cru­ti­nados a ten­dência in­dica que os bo­li­va­ri­anos ven­ceram em mais de 250 mu­ni­cí­pios, contra 74 ga­nhos pela opo­si­tora Mesa de Uni­dade Na­ci­onal (MUD).

Na mai­oria dos casos, foram eleitos pre­si­dentes de câ­mara os can­di­datos in­di­cados pelo Par­tido So­ci­a­lista Unido da Ve­ne­zuela (PSUV) no quadro do Grande Pólo Pa­trió­tico (GPP), mas nou­tros triun­faram pa­tri­otas que, se­gundo ex­plicou o vice-pre­si­dente Di­os­dado Ca­bello em en­tre­vista à VTV, em­bora apre­sen­tando-se em listas al­ter­na­tivas às do GPP e da MUD, se ma­ni­festam par­ti­dá­rios do pro­cesso re­vo­lu­ci­o­nário.

Ca­bello exem­pli­ficou o facto com a vi­tória do PCV em duas au­tar­quias e com as ga­ran­tias po­lí­ticas dadas por can­di­datos in­de­pen­dentes logo que foram co­nhe­cidos os re­sul­tados. Nou­tras sete lo­ca­li­dades, os co­mu­nistas go­vernam o mu­ni­cípio porque o seu can­di­dato en­ca­be­çava a lista do GPP.

Já o pre­si­dente da Re­pú­blica, Ni­colás Ma­duro, de­ta­lhou que a di­fe­rença per­cen­tual entre o GPP e a MUD ronda os 10 pontos (55 por cento contra 45 por cento do total na­ci­onal), e que em­bora per­dendo as três mai­ores ci­dades – Ca­racas, Ma­ra­caibo e Va­lência – as forças bo­li­va­ri­anas foram as mais vo­tadas em 14 das 24 ca­pi­tais de dis­trito. Das 40 mai­ores ci­dades, 30 terão mai­oria so­ci­a­lista, acres­centou.

A di­fe­rença em nú­mero ab­so­luto de votos entre os pro­gres­sistas e re­vo­lu­ci­o­ná­rios e a opo­sição no su­frágio re­a­li­zado no pas­sado do­mingo su­pera já os 500 mil bo­le­tins, as­se­gurou ainda Di­os­dado Ca­bello, cifra muito su­pe­rior à re­gis­tada nas pre­si­den­ciais de 14 de Abril, nas quais foram a con­sulta po­pular Ni­colás Ma­duro e Hen­rique Ca­priles.

Para o PCV, tal «cons­titui uma der­rota do plano de cons­pi­ração [guerra eco­nó­mica com ma­ni­pu­lação do mer­cado cam­bial, sa­bo­tagem, açam­bar­ca­mento de bens e in­flação de preços, fa­zendo lem­brar o ocor­rido antes das mu­ni­ci­pais no Chile então go­ver­nado pela Uni­dade Po­pular por Sal­vador Al­lende] que o nú­cleo da di­reita fas­cista, com ins­tru­ções dos EUA, tentou im­primir às elei­ções, dando-lhe um ca­rácter de ple­bis­cito [ao pro­cesso bo­li­va­riano]».




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