Cedência da Base das Lajes

Uma decisão gravíssima

A ser ver­da­deira, re­veste-se de «um gra­vís­simo sig­ni­fi­cado» a no­tícia pu­bli­cada pelo «Diário de No­tí­cias», na quinta-feira pas­sada, que afirma que o Go­verno por­tu­guês «já deu luz verde à Ad­mi­nis­tração de Ge­orge W. Bush para uti­lizar a Base das Lajes, no caso de os EUA de­ci­direm lançar uma ope­ração mi­litar contra o Iraque», con­si­dera o Ga­bi­nete de Im­prensa do PCP.

Com efeito, diz o PCP em nota di­vul­gada no mesmo dia, uma tal de­cisão, con­fir­maria as an­te­ri­ores in­di­ca­ções de que o Go­verno PSD-CDS/​PP, «ao con­trário de ou­tros go­vernos de in­flu­entes países da União Eu­ro­peia, subs­cre­veria a tese ab­surda e sem qual­quer su­porte de que a Re­so­lução 1441 do Con­selho de Se­gu­rança per­mi­tira qual­quer de­cisão uni­la­teral dos EUA de de­sen­ca­de­arem um ataque ar­mado ao Iraque, sem ne­ces­si­dade de o Con­selho de Se­gu­rança voltar a exa­minar o pro­blema e adoptar novas e con­cretas de­ci­sões.»

A ce­dência da Base das Lajes sig­ni­fi­caria ainda que, «de forma ab­so­lu­ta­mente des­pres­ti­gi­ante porque ser­ven­tuária», o Go­verno «seria com­parsa de uma in­to­le­rável ati­tude», que cor­res­ponde a en­carar o pro­cesso de ins­pec­ções em curso no Iraque «como puras inu­ti­li­dades que não devem con­tra­riar os planos e as de­ci­sões an­te­ci­pa­da­mente to­madas pela Ad­mi­nis­tração Bush.»

Assim, para o PCP, é de «ele­mentar exi­gência de trans­pa­rência e de res­pon­sa­bi­li­dade po­lí­tica que o Go­verno es­cla­reça o País sobre se de facto cor­res­pondeu po­si­ti­va­mente a um pe­dido norte-ame­ri­cano de uti­li­zação da Base das Lajes para uma agressão ao Iraque e sobre o sig­ni­fi­cado po­lí­tico de uma tal de­cisão numa al­tura em que a Ad­mi­nis­tração Bush adi­anta todos os pre­pa­ra­tivos mi­li­tares e de pro­pa­ganda com vista ao pró­ximo de­sen­ca­de­a­mento de uma nova guerra no Médio Ori­ente.»



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