Venezuela

A grande conspiração mediática

Pedro Campos

Desde há quase dois meses, a Ve­ne­zuela vive uma si­tu­ação de greve «geral» - mais cor­recto seria chamá-la de lock-out - que foi sempre par­cial e lo­ca­li­zada ge­o­gra­fi­ca­mente. Por outro lado, mais do que um lock-out - apoiado pelos sin­di­catos pa­tro­nais - é o rosto vi­sível de um pro­jecto gol­pista, sempre em mo­vi­mento, contra o go­verno de Hugo Chávez, sonho que os tra­di­ci­o­nais donos do país aca­ri­ciam desde o mesmo dia em que se soube da sua vi­tória elei­toral.

Sem o apoio pa­tronal, os sin­di­catos pa­tro­nais nem te­riam so­nhado com uma greve. E sem o co­ni­vência cri­mi­nosa e pre­me­di­tada dos meios de co­mu­ni­cação - que cu­ri­o­sa­mente nunca es­ti­veram em greve nem em lock-out porque o golpe pre­cisa de agi­tação po­lí­tica - esta pa­ra­li­sação nunca teria exis­tido. A prova é que há poucos dias de­cla­raram uma greve dos trans­portes, mas como estes são de pe­quenos e mé­dios pro­pri­e­tá­rios nin­guém a se­guiu e só pa­raram aqueles au­to­carros que, de­vido à sa­bo­tagem na in­dús­tria da ga­so­lina, não con­se­guiram com­bus­tível. Esta pa­ra­li­sação de­finha dia a dia mas, ao atacar a in­dús­tria pe­tro­lí­fera - o cé­rebro e co­ração da eco­nomia na­ci­onal -, ameaça fazer re­gressar o país ao sé­culo XIX, como já afirmou um eco­no­mista an­ti­bo­li­va­riano. Mi­guel Ro­drí­guez, ar­dente par­ti­dário do ne­o­li­be­ra­lismo e ex mi­nistro de Carlos An­drés Pérez foi mais longe: «Nós não po­demos sair (do âm­bito) da Cons­ti­tuição. Bus­quemos os votos (para um re­fe­rendo re­vo­ga­tório) e a opo­sição que apre­sente um pro­grama eco­nó­mico. É pre­ciso le­vantar a greve já. Está-se a des­truir a eco­nomia. Caiu-nos em cima uma bomba ató­mica».

Quando ter­mi­nará? Ibsen Mar­tínez, outro ar­ti­cu­lista opo­sitor, afirma que a greve nunca será le­van­tada, sim­ples­mente elan­gues­cerá. Assim será, entre ou­tras ra­zões porque os que a con­vo­caram - Carlos Or­tega (capo da mafia sin­dical) e Carlos Fer­nández (má­ximo di­ri­gente em­pre­sa­rial) afirmam agora que a não podem parar porque «se nos es­capou das mãos». Com esta afir­mação coin­cide Juan Fer­nández, um dos mais altos res­pon­sá­veis da in­dús­tria pe­tro­lí­fera (agora des­pe­dido, como é obvio) e chefe dos gre­vistas do sector.

No início do lock-out todos afir­maram alegre e des­ca­ra­da­mente que a pa­ra­li­sação não afec­taria os or­de­nados dos em­pre­gados e que os cen­tros co­mer­ciais - obri­gados a fe­charam - per­do­a­riam os alu­gueres às res­pec­tivas lojas. Mas como nunca pen­saram que o «paro» se pu­desse pro­longar tanto sem obter os re­sul­tados de­se­jados – o golpe vi­to­rioso contra Hugo Chávez –, agora, vendo que não têm mais que um su­cesso muito par­cial mas que con­se­guiram, graças à sa­bo­tagem contra a in­dús­tria pe­tro­lí­fera, pôr a eco­nomia de rastos, e que ha­verá mi­lhares de pe­quenos e mé­dios in­dus­triais e co­mer­ci­antes fa­lidos e de­zenas de mi­lhares de des­pe­di­mentos, de­sen­tendem-se do lock-out e obrigam os tra­ba­lha­dores a pedir fé­rias an­te­ci­padas, a aceitar li­cenças sem ven­ci­mento e re­du­ções de ven­ci­mentos, que chegam aos 50 por cento. E as lojas? Que se pre­parem para pagar os de­vidos ar­ren­da­mentos porque «o sa­cri­fício deve ser de todos». Ló­gica: «se não ga­nhámos esta ba­talha, que a pa­guem os tra­ba­lha­dores, mesmo os que estão con­nosco».


Guerra psi­co­ló­gica


A pre­sente si­tu­ação de con­flito só tem sido pos­sível pela acção de guerra psi­co­ló­gica de­sen­ca­deada pelos prin­ci­pais meios de co­mu­ni­cação so­cial. Para além de um ou dois jor­nais pri­vados que tratam de manter certa isenção in­for­ma­tiva, da Ve­ne­zo­lana de Te­le­vi­sión e da Rádio Na­ci­onal de Ve­ne­zuela - ambas do Es­tado, mas de pouco al­cance ge­o­grá­fico e fre­quen­te­mente re­ti­radas do ar por actos de sa­bo­tagem - toda a im­prensa, rádio e te­le­visão pri­vadas - estas úl­timas pro­duto de con­ces­sões do Es­tado - lançam sobre a po­pu­lação um bom­bar­de­a­mento im­pla­cável e sis­te­má­tico de men­sa­gens abertas e su­bli­mi­nais de agressão mental e de­sin­for­mação, men­tindo com ab­so­luto des­ca­ra­mento e inequí­voca ati­tude gol­pista.

Este com­por­ta­mento, de­vi­da­mente ar­ti­cu­lado com os sec­tores mais re­ac­ci­o­ná­rios da Co­or­de­na­dora De­mo­crá­tica - que res­ponde aos in­te­resse das cú­pulas sin­di­cais ven­didas ao pa­tro­nato; de Fe­de­câ­maras, con­junto de grupos em­pre­sa­riais que cresceu à sombra dos ne­gó­cios feitos com os go­vernos an­te­ri­ores; e dos mi­li­tares gol­pistas que to­maram a Praça de Al­ta­mira, na zona este da ci­dade -, afastou a opo­sição pro­pri­a­mente de­mo­crá­tica e não gol­pista, e está a pro­vocar fortes per­tur­ba­ções emo­ci­o­nais na po­pu­lação.


Uma bomba re­lógio


El Na­ci­onal, uma das pontas de lança dos gol­pistas, in­clui na sua edição de 25 de Ja­neiro um texto ex­cep­ci­onal da jor­na­lista in­de­pen­dente Va­nessa Da­vies, que re­colhe apre­ci­a­ções de dois psi­có­logos. Um deles, Rubén Her­nández, se­xó­logo e di­ri­gente da As­so­ci­ação Mun­dial de Psi­qui­a­tria, de­pois de alertar para o facto de que se ca­minha para a fa­lência ins­ti­tu­ci­onal e que é im­por­tante chegar a acordos antes de que se te­nham de contar 500 ou mil mortos, vai mais longe e de­nuncia a exis­tência «de uma cam­panha de terror psi­co­ló­gico, par­ti­cu­lar­mente pre­o­cu­pante, até ao ex­tremo de que se criou uma si­tu­ação de pâ­nico co­lec­tivo que não nasceu da noite para a manhã.

«Penso – acres­centa Her­nández, – que é uma es­tra­tégia muito bem de­se­nhada, e de su­cesso, porque há gente em pa­ra­nóia, que se sente ame­a­çada».

Esta si­tu­ação agu­dizou-se a partir de 2 de De­zembro, co­meço do lock-out con­vo­cado pelos pa­trões e apoiado pelos sin­di­catos his­to­ri­ca­mente trai­dores.

«Que se pas­sará a 31 de Ja­neiro, quando as pes­soas não re­ce­berem a sua quin­zena? Que se pas­sará com o de­sem­prego?», per­guntam estes es­pe­ci­a­listas.

A res­posta é fácil: mais de­sem­prego, mais mi­séria, mais de­linquência, mais frus­tração co­lec­tiva, que, como dizem os es­pe­ci­a­listas, «é uma bomba re­lógio». Mas é isto pre­ci­sa­mente o que querem os meios de co­mu­ni­cação, en­quanto cor­reia de trans­missão do pen­sa­mento e da acção gol­pista, a mesma que mos­trou do que é capaz no dia 11 de Abril de 2002, quando, de uma só pe­nada, eli­minou a Cons­ti­tuição, o Par­la­mento, o Su­premo Tri­bunal, o Pro­cu­rador, o Fiscal e todos os ou­tros po­deres pú­blicos, e de­sen­ca­deou uma re­pressão feroz contra de­pu­tados, gente do povo e de­le­ga­ções di­plo­má­ticas es­tran­geiras, e ter­minou com o «acto pa­trió­tico» de re­tirar o quadro de Simón Bo­lívar da Sala Aya­cucho.


Bo­atos e in­ti­mi­da­ções


A classe média tem sido o alvo pre­fe­rido desta guerra psi­co­ló­gica. As ur­ba­ni­za­ções do leste da ci­dade, agora bar­ri­cadas contra o «pe­rigo cha­vista», andam es­pe­ci­al­mente neu­ró­ticas e com as ban­deiras a meia haste, nin­guém sabe muito bem porquê nem para quê, porque as festas com whisky im­por­tado de 18 anos con­ti­nuam no seu ritmo de sempre.

Nos dias an­te­ri­ores à ma­ni­fes­tação bo­li­va­riana que se re­fere mais adi­ante, cor­reram ru­mores no sen­tido de que esta im­pli­cava o as­salto aos pré­dios da classe média, sempre fácil de as­sustar com estes pro­cessos po­lí­ticos. Dizia-se em tudo o que fosse canal de co­mu­ni­cação que o go­verno tinha com­prado de 30 a 40 ou 80 mil sacos plás­ticos pretos para os ca­dá­veres re­sul­tantes do as­salto. Os pré­dios, con­tro­lado por mi­li­tares e pa­ra­mi­li­tares de úl­tima ge­ração, or­ga­ni­zaram bri­gadas ar­madas para en­frentar os «bê­bados bo­li­va­ri­anos».

Num evi­dente clima do mais te­ne­broso dos tempos me­di­e­vais, os que não ti­nham armas de­viam ter azeite à mão para o ferver e atirar pelas ja­nelas sobre os pés des­calços bo­li­va­ri­anos. Pu­seram-se ca­de­ados e cor­rentes de ferro adi­ci­o­nais para im­pedir o as­salto das «hordas bo­li­va­ri­anas». Os con­dó­minos re­ce­beram ins­tru­ções para fi­carem fe­chados em casa e quem não obe­de­cesse era apon­tado como «maçã podre». Foi assim im­posto o es­tado de sítio e a di­ta­dura… por parte da opo­sição «de­mo­crá­tica».

Tudo em vão. A ma­ni­fes­tação bo­li­va­riana, to­tal­mente pa­cí­fica, já se re­a­lizou, reuniu muitas cen­tenas de mi­lhares de pes­soas e tudo correu sem in­ci­dentes contra as ur­ba­ni­za­ções de classe média, apesar de rios hu­manos terem atra­ves­sado a ci­dade em vá­rias di­rec­ções pas­sando, ob­vi­a­mente, por essas ur­ba­ni­za­ções. Houve um só acto ter­ro­rista a re­gistar: a ex­plosão de uma gra­nada na ma­ni­fes­tação, com saldo de um morto e vá­rios fe­ridos. Foi frente a uma es­tacão do Metro e não foi sur­presa porque os gol­pistas já vá­rias vezes ti­nham pro­me­tido sur­presas no Metro, que sempre se man­teve a tra­ba­lhar.


De­sin­for­mação e men­tira


A acção gol­pista destes meios evi­dencia-se de mil ma­neiras. Os efeitos da te­le­visão - que es­teve se­manas de luto e de re­pente tirou-o sem ex­pli­cação al­guma - são pra­ti­ca­mente im­pos­sí­veis de com­bater e a única so­lução é não os sin­to­nizar, o que não se torna fácil. No que se re­fere aos jor­nais, a po­pu­lação teve de re­a­prender a lê-los. Um tí­tulo diz uma coisa e o corpo do texto outra di­fe­rente. El Na­ci­onal, numa pri­meira pá­gina afirma que o pa­ra­mi­litar So­riano é da opo­sição e na úl­tima que é um de­di­cado membro do ofi­ci­a­lismo, e não se sente obri­gado a uma rec­ti­fi­cação na edição se­guinte. Um dia in­forma que o chefe da Casa Mi­litar re­nun­ciou e horas de­pois vemo-lo junto do pre­si­dente, e não há pe­dido de des­culpas. Há meses foi adi­an­tada a re­núncia de Alí Ro­drí­guez Araque à pre­si­dência de PDVSA; nada disso acon­teceu, mas para o jornal foi como se nada ti­vesse es­crito.

Por sis­tema, mi­ni­miza-se qual­quer acto de massas dos bo­li­va­ri­anos e leva-se aos pín­caros da Lua qual­quer reu­nião de an­ti­bo­li­va­ri­anos. O caso mais re­cente foi no dia 23 de Ja­neiro, quando os par­ti­dá­rios de Hugo Chávez de­ci­diram ce­le­brar com uma marcha mul­ti­tu­di­nária o ani­ver­sário do der­rube da di­ta­dura de Pérez Ji­ménez.

Para quem quis ver, foi uma con­cen­tração de pro­por­ções gi­gan­tescas, como pro­va­vel­mente não há me­mória neste país. No dia se­guinte, a pri­meira pá­gina do El Na­ci­onal de­di­cava um tí­tulo de oito co­lunas a uma no­tícia re­la­ti­va­mente ir­re­le­vante do Con­selho Na­ci­onal de Elei­ções, for­te­mente ques­ti­o­nado. Não podia, con­tudo, fugir a uma fo­to­grafia da ma­ni­fes­tação, na qual se via um mar de gente. À ma­neira de le­genda um cál­culo «ci­en­tí­fico» da as­sis­tência: 108 mil pes­soas, das quais mais da me­tade tra­zida da pro­víncia. Nas pá­ginas de dentro, de­sen­vol­vi­mento da re­por­tagem e, em caixa, con­fir­mação do «cál­culo ci­en­tí­fico» com in­fo­grafia e ou­tros de­ta­lhes para con­firmar o «rigor» das contas. No meio do texto da no­tícia e sob uma foto pouco es­cla­re­ce­dora fi­nal­mente a ver­dade en­ver­go­nhada: «cen­tenas de mi­lhares de pes­soas ex­pri­miram o seu apoio ao go­verno».

Outro jornal, se pos­sível ainda mais gol­pista, na­vegou nas mesmas águas sujas. Oito co­lunas de tí­tulo na pri­meira pá­gina sobre o pos­sível con­trolo de câm­bios. Mais abaixo, a ine­vi­tável fo­to­grafia da ma­ni­fes­tação com uma le­genda para su­bli­nhar que aquilo era gente da pro­víncia. Não foi assim, mas se tal fosse, será que gente da pro­víncia não é gente? Quanto aos par­ti­ci­pantes, ab­so­luta una­ni­mi­dade com o seu co­lega da ca­pital. O mesmo «nu­me­ró­logo» fica-se pelos 108 000 ma­ni­fes­tantes.


Uma lição ele­gante


En­tre­tanto, que disse a im­prensa de ou­tros países?

The Boston Globe não se en­ver­gonha de es­crever sobre «a huge rally» (enorme reu­nião). El Mundo, Ma­drid, tão pouco amigo de Hugo Chávez, fa­lava de uma «mul­ti­tu­di­nária ma­ni­fes­tação». El Es­pec­tador, Bo­gotá, in­for­mava sobre «uma imensa mul­tidão», que con­sa­grava Chávez como um cau­dilho post-mo­derno, an­ti­glo­ba­li­zador. O Es­tado de São Paulo ad­mitiu uma afluência de «cen­tenas de mi­lhares», en­quanto José Fran­cisco Mar­condes, em­pre­sário bra­si­leiro por esses dias em Ca­racas, fa­lava numa «pas­seata que reuniu pelo menos um mi­lhão de pes­soas». El Co­mercio, Lima, do in­sus­peito Miró Que­sada, re­fere a pre­sença de «cen­tenas de mi­lhares». Clarín, Bu­enos Aires, dá conta de uma «ma­ni­fes­tação mul­ti­tu­di­nária» e aponta um cál­culo de 300 mil. La Hora, Quito, coin­cide com a es­ti­ma­tiva de «cen­tenas de mi­lhares» e o mesmo se pode ler em El Uni­versal, do Mé­xico ou em El Mer­curio, que me­mó­rias muito tristes nos trazem do Chile de Al­lende. Mas El Na­ci­onal e El Uni­versal não viram o que tes­te­mu­nharam ou­tros jor­na­listas mais ob­jec­tivos, mesmo que não par­ti­dá­rios de Hugo Chávez. Houve ex­cep­ções na Ve­ne­zuela? Claro. El Pa­no­rama viu e foi capaz de ad­mitir a pre­sença de «cen­tenas de mi­lhares» de par­ti­ci­pantes.

A im­prensa ve­ne­zu­e­lana não gosta destas «dis­so­nân­cias» e acusa fre­quen­te­mente os cor­res­pon­dentes es­tran­geiros de par­ti­dá­rios do «re­gime» cha­vista. Es­cla­re­ce­do­ra­mente, Moisés Naím, an­ti­bo­li­va­riano, es­crevia há pouco (El Na­ci­onal, 12 de Ja­neiro) sobre este cri­tério tão es­treito e re­co­men­dava aos jor­na­listas lo­cais que em lugar de de­nun­ciar os seus co­legas e agên­cias de no­tí­cias como ig­no­rantes, pre­con­cei­tu­osos ou crip­to­cha­vistas, to­massem em conta que a opi­nião pú­blica mun­dial «di­gere mal a to­le­rância aos golpes de es­tado, à de­si­gual­dade, aos epí­tetos ra­cistas, e os jor­na­listas e meios de co­mu­ni­cação que não sejam ab­so­lu­ta­mente im­par­ciais nos con­flitos que no­ti­ciam».



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