Papel insubstituível do PCP na sociedade portuguesa reafirmado nas comemorações do 82.º aniversário

Por um PCP mais forte

Cerca de duas cen­tenas de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do PCP jun­taram-se no sá­bado, em Évora, para co­me­morar o 82.ª ani­ver­sário do Par­tido, num al­moço com a par­ti­ci­pação do se­cre­tário-geral do PCP, Carlos Car­va­lhas, que pro­feriu uma curta in­ter­venção.

Du­rante o al­moço, que de­correu num am­bi­ente de grande con­fi­ança e fra­ter­ni­dade, Clara Grácio, membro da Co­missão Con­ce­lhia de Évora e ve­re­a­dora da Câ­mara Mu­ni­cipal, apro­veitou para co­locar a im­por­tância do re­forço do Par­tido no con­celho como «arma fun­da­mental» na de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e para uma me­lhor in­ter­venção dos co­mu­nistas no poder local em de­fesa dos in­te­resses das po­pu­la­ções e contra a po­lí­tica «de com­pa­drio, cen­tra­lista e pre­si­den­ci­a­lista» da gestão PS. Po­lí­tica esta que co­loca como im­pe­rioso o ob­jec­tivo de o PCP re­con­quistar a Câ­mara nas pró­ximas elei­ções au­tár­quicas. Clara Grácio, que re­alçou, ainda, a im­por­tância do re­cru­ta­mento para o Par­tido, ter­minou sau­dando os seis novos mi­li­tantes que ade­riram ao PCP no dia do seu 82.º ani­ver­sário, o que - con­si­dera - cons­titui uma prova de con­fi­ança no fu­turo.

Sa­ri­lhos Grandes

Também a Co­missão de Fre­guesia de Sa­ri­lhos Grandes pro­moveu, no do­mingo, um al­moço-con­vívio no Centro de Tra­balho, que en­cheu com­ple­ta­mente com mi­li­tantes e amigos do PCP que, desta forma, for­ta­le­ceram os laços de ami­zade e so­li­da­ri­e­dade que já os unia.

Serra da Graça, res­pon­sável da fre­guesia, de­pois de agra­decer a pre­sença de todos, lem­brou que, apesar das di­fi­cul­dades da ac­tual si­tu­ação po­lí­tica, a or­ga­ni­zação da fre­guesia en­cara com con­fi­ança o fu­turo e as lutas que se avi­zi­nham, es­tando em curso um pro­cesso para a res­tau­ração do Centro de Tra­balho, de forma a torná-lo mais ape­te­cível ao tra­balho e ao con­vívio.

José Ma­nuel Maia, da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Se­túbal, fez questão, por sua vez, de re­cordar a fun­dação do Par­tido e o im­por­tante papel que de­sem­pe­nhou ao longo da sua vida, quer du­rante os 48 anos fas­cismo pela cri­ação de con­di­ções para o 25 de Abril, quer de­pois do 25 de Abril pela con­so­li­dação da de­mo­cracia, hoje de novo ame­a­çada. Um papel que José Ma­nuel Maia ape­lidou de «in­subs­ti­tuível», na me­dida em que o PCP é «um Par­tido re­vo­lu­ci­o­nário, que não apenas luta contra a ex­plo­ração do homem pelo homem, mas também pela des­truição do sis­tema ca­pi­ta­lista e pela con­cre­ti­zação de uma so­ci­e­dade mais justa e sem ex­plo­ração. Um Par­tido que não re­nega o mar­xismo-le­ni­nismo, um Par­tido onde o cen­tra­lismo de­mo­crá­tico pro­por­ciona um fun­ci­o­na­mento de­mo­crá­tico, com a par­ti­ci­pação dos mi­li­tantes que, com a sua opi­nião in­di­vi­dual in­se­rida nos co­lec­tivos par­ti­dá­rios a que per­tencem, cons­tróem a sua ori­en­tação».

Antes de ter­minar, José Ma­nuel Maia de­nun­ciou, ainda, a guerra que os EUA estão a de­sen­ca­dear contra o Iraque, so­bre­pondo os seus in­te­resses eco­nó­micos na re­gião à ne­ces­si­dade de re­solver os con­flitos através da ONU.

No final, can­taram-se os «pa­ra­béns a você» por mais um ani­ver­sário do PCP, tendo o mais jovem e o mais idoso dos pre­sentes apa­gado as velas de um de­li­ci­osos bolo de ani­ver­sário.

Sor­teada vi­agem a Cuba

Visto não ter sido ven­dido o nú­mero sor­teado, no pas­sado dia 9 de Março, das vi­a­gens a Cuba, a Di­recção Re­gi­onal do Alen­tejo de­cidiu pro­ceder a novo sor­teio que acabou por se re­a­lizar no al­moço co­me­mo­ra­tivo do 82.º Ani­ver­sário do PCP em Évora. O feliz con­tem­plado foi Rui Dores, da or­ga­ni­zação con­ce­lhia de Mér­tola, com o nú­mero 581.

Alhandra
Factos que fi­zeram his­tória

A Co­missão de Fre­guesia de Alhandra do PCP de­cidiu, por seu lado, co­me­morar o 82.º ani­ver­sário do PCP com o lan­ça­mento do livro «Vida e obra dos co­mu­nistas de Alhandra», que José Ma­nuel Costa, Artur Gomes e José Gon­çalves apre­sen­taram às cerca de 200 pes­soas pre­sentes, na So­ci­e­dade Eu­terpe Alhan­drense, onde o evento teve lugar. Na oca­sião Ade­laide Pe­reira, do Co­mité Cen­tral e da DORL, pro­feriu também uma curta in­ter­venção na qual fez a in­ter­li­gação da obra aos 82 anos de luta do PCP.

O ob­jec­tivo do livro, como se pode ler na sua in­tro­dução, é não deixar cair no es­que­ci­mento factos que fi­zeram parte da his­tória de luta do povo de Alhandra e que pes­soas que deles par­ti­ci­param ou a eles as­sis­tiram trazem hoje à me­mória. Cada de­poi­mento, diz-se ali, «tem lugar na his­tória e dá-lhe sen­tido».

A re­colha de dados sobre a in­fluência do PCP na ac­ti­vi­dade po­lí­tica, so­cial e cul­tural de Alhandra foi, pois, uma «ta­refa árdua», aquela a que a Co­missão de Fre­guesia de Alhandra se lançou. Enfim, «um tra­balho ina­ca­bado, to­davia, ao mesmo tempo, co­me­çado».

O lan­ça­mento desta obra, deu, en­tre­tanto, lugar a um ani­mado de­bate em que se ou­viram im­por­tantes tes­te­mu­nhos da vida e obra dos co­mu­nistas. Dias Lou­renço, Ge­or­gete Fer­reira e Se­ve­riano Falcão foram al­guns dos pre­sentes que vi­veram os tempos di­fí­ceis da clan­des­ti­ni­dade e que ali in­ter­vi­eram.

Bra­gança
Re­lem­brar luta

No dia 16 de Março, também a Co­missão Con­ce­lhia de Bra­gança do PCP pro­moveu, nas ins­ta­la­ções do Centro de Tra­balho, um lanche/​con­vívio co­me­mo­ra­tivo do 82.º ani­ver­sário do Par­tido que contou com a par­ti­ci­pação de An­tónio Lopes, membro da Co­missão Po­lí­tica. Uma Festa onde não faltou o con­vívio, a mú­sica e a po­esia.

No mesmo local, en­con­trava-se pa­tente ao pú­blico uma Ex­po­sição sobre o «Jornal Avante! e o Par­tido», que pro­por­ci­o­nava aos que a vi­si­tavam a con­sulta de exem­plares do Avante! clan­des­tino e o con­tacto com o prelo, uma das má­quinas então usadas para a im­pressão.

Se­túbal
Vencer ad­ver­si­dades

Com a pre­sença de mais de uma cen­tena de mi­li­tantes, re­a­lizou-se, no pas­sado do­mingo, em Se­túbal, um al­moço co­me­mo­ra­tivo do 82.º ani­ver­sário do PCP.

O en­contro, que teve lugar na Co­o­pe­ra­tiva de Ha­bi­tação das Pontes, contou com a par­ti­ci­pação de Al­bano Nunes, membro do Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral, que, na sua in­ter­venção, lem­brou o his­to­rial de 82 anos de luta do Par­tido, a sua pro­funda li­gação aos tra­ba­lha­dores e ao povo e a sua ca­pa­ci­dade de co­lec­ti­va­mente re­sistir às di­fe­rentes ad­ver­si­dades que ao longo da vida se lhe co­lo­caram.

Questão cen­tral nas suas pa­la­vras, pe­rante os en­tu­siás­ticos par­ti­ci­pantes do al­moço, foi a agressão ao Iraque e os ob­jec­tivos eco­nó­micos, ge­o­es­tra­té­gicos e mi­li­tares de do­mínio dos Es­tados Unidos sobre as di­versas re­giões do pla­neta, que se es­condem por de­trás desta guerra, assim como a im­por­tância de dar com­bate e de­nun­ciar pu­bli­ca­mente estes as­pectos, re­a­li­zando ac­ções es­pe­cí­ficas para tal.

Por úl­timo, Al­bano Nunes su­bli­nhou a ne­ces­si­dade de re­forçar a or­ga­ni­zação do Par­tido e in­ten­si­ficar a sua acção, por forma a res­ponder às cam­pa­nhas que se têm de­sen­vol­vido contra o Par­tido, dentro e fora dele.



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