Pela saúde de todos
«O Governo quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde, como prestador de cuidados de saúde», denuncia a CGTP-IN, apelando à participação na concentração que marcou para dia 7, nas Picoas.
Os grupos financeiros privados querem pôr a saúde a render
Do local da concentração partirá um desfile até ao Ministério da Saúde. Este é o destinatário principal dos protestos e da exigência de uma nova política para o sector, onde a CGTP afirma que se vive «o momento mais complexo dos últimos 30 anos», quer para os utentes, quer para os profissionais.
No apelo à defesa do Serviço Nacional de Saúde, a central denuncia o objectivo da destruição: «entregar aos grandes grupos financeiros privados a gestão e prestação dos cuidados de saúde, até aqui garantidos pelos centros de saúde e pelos hospitais públicos». Para receber o bodo, já estão constituídas estruturas, como a José de Mello Saúde, a Espírito Santo Saúde, a Gália (grupo BPN) ou a Fundação Saúde e Hospitais Privados (grupo CGD).
Merece realce a comparação entre as promessas do Governo e o resultado da política levada a cabo nos últimos dois anos.
Não acabou a lista de espera para cirurgias e, embora ainda em Dezembro o ministro garantisse que em Março já estaria resolvido o problema da primeira lista de espera, tal não sucede, crescendo uma segunda fila, com cem mil doentes em Janeiro. Não há mais acesso dos doentes aos hospitais e centros de saúde, mas nos hospitais SA surge a discriminação de doentes, conforme as previsões de custos e receitas que estes podem gerar. O ministro prometeu um défice nulo no final de 2002, aumentou as taxas moderadoras, cortou as comparticipações... mas o défice, em 2003, agravou-se em 30 por cento, por comparação com o ano anterior.
Que negócio seria...
A CGTP acusa os grupos privados de, não se contentando com os lucros dos seguros de saúde, quererem transformar em negócio «tudo o que dê dinheiro». Na mira estão agora hospitais e centros de saúde, recordando a Inter que, em 2001, aqueles serviços públicos realizaram:
27 652 305 consultas médicas,
8 749 442 consultas externas,
6 955 503 urgências hospitalares,
607 184 pequenas cirurgias e
104 640 partos.
«Não podemos aceitar que a saúde se transforme em negócio e a ela só tenha acesso quem tem dinheiro», protesta a central.
No apelo à defesa do Serviço Nacional de Saúde, a central denuncia o objectivo da destruição: «entregar aos grandes grupos financeiros privados a gestão e prestação dos cuidados de saúde, até aqui garantidos pelos centros de saúde e pelos hospitais públicos». Para receber o bodo, já estão constituídas estruturas, como a José de Mello Saúde, a Espírito Santo Saúde, a Gália (grupo BPN) ou a Fundação Saúde e Hospitais Privados (grupo CGD).
Merece realce a comparação entre as promessas do Governo e o resultado da política levada a cabo nos últimos dois anos.
Não acabou a lista de espera para cirurgias e, embora ainda em Dezembro o ministro garantisse que em Março já estaria resolvido o problema da primeira lista de espera, tal não sucede, crescendo uma segunda fila, com cem mil doentes em Janeiro. Não há mais acesso dos doentes aos hospitais e centros de saúde, mas nos hospitais SA surge a discriminação de doentes, conforme as previsões de custos e receitas que estes podem gerar. O ministro prometeu um défice nulo no final de 2002, aumentou as taxas moderadoras, cortou as comparticipações... mas o défice, em 2003, agravou-se em 30 por cento, por comparação com o ano anterior.
Que negócio seria...
A CGTP acusa os grupos privados de, não se contentando com os lucros dos seguros de saúde, quererem transformar em negócio «tudo o que dê dinheiro». Na mira estão agora hospitais e centros de saúde, recordando a Inter que, em 2001, aqueles serviços públicos realizaram:
27 652 305 consultas médicas,
8 749 442 consultas externas,
6 955 503 urgências hospitalares,
607 184 pequenas cirurgias e
104 640 partos.
«Não podemos aceitar que a saúde se transforme em negócio e a ela só tenha acesso quem tem dinheiro», protesta a central.