Escândalo de corrupção atinge Alcatel
O grupo francês de telecomunicações é suspeito de ter pago milhões de euros pela obtenção de contratos públicos na Costa Rica, estando implicados o presidente da República em exercício e dois antecessores.
O escândalo rebentou em 28 de Setembro, quando um diário o La Nacion revelou que a esposa de José Antonio Lobo, ex-responsável pela empresa pública de electricidade e telecomunicações costa-riquenha ICE, recebera da Alcatel 2,4 milhões de dólares (1,87 milhões de euros). Outros quadros terão igualmente recebido quantias elevadas para favorecer a atribuição ao grupo francês de um contrato de 149 milhões de dólares para a instalação de 400 mil linhas de telefone móvel.
O La Nacion revelou ainda que a Alcatel contribuiu com cerca de 100 mil dólares para a campanha eleitoral, em 2002, do actual presidente Abel Pacheco, facto que este incluiu «nas numerosas contribuições autorizadas pela lei». Porém, nesse mesmo ano, a Alcatel ganhou um novo contrato de 109 milhões de dólares para a extensão da rede telefónica fixa.
Dias depois, em 30 de Setembro, Lobo, entretanto afastado da ICE por outro caso de corrupção com sueca Ericsson, declarou ao procurador geral que o antigo presidente Miguel Angel Rodriguez, chefe de Estado entre 1998 e 2002, teria reclamado 60 por cento da recompensa paga pela Alcatel.
Rodriguez afirma que pediu 220 mil dólares emprestados a Lobo, mas recusa as acusações de corrupção, apesar de estar também indiciado por ter recebido 100 mil dólares do fabricante espanhol de equipamento eléctrico, Inabensa.
No passado dia 27, o canal 7 da televisão costa-riquenha noticia que outro antigo presidente, entre 1994 e 1998, José Maria Figueras, auferiu 900 mil dólares em comissões pagas pela Alcatel. O acusado alega que a soma foi paga por uma «missão de aconselhamento na promoção de tecnologias da informação» que realizou entre Junho de 2000 e Outubro de 2003.
Na sequência do escândalo, José Maria Figueras abandonou o cargo de director geral do Fórum Económico Mundial de Davos, enquanto Miguel Angel Rodriguez, foi obrigado a demitir-se das funções de secretário geral da organização dos Estados Americanos
Ao todo, a imprensa do país calcula que a Alcatel e os seus intermediários pagaram em comissões entre 9,6 milhões e 13,8 milhões de dólares. A multinacional, que está presente em 130 países, enjeita responsabilidades, alegando que não dispõe de quadros de pessoal em todo o lado. Quando participa em concursos num pequeno país, recorre a agências locais para a apresentação das suas propostas, a quem paga uma percentagem do negócio.
O escândalo rebentou em 28 de Setembro, quando um diário o La Nacion revelou que a esposa de José Antonio Lobo, ex-responsável pela empresa pública de electricidade e telecomunicações costa-riquenha ICE, recebera da Alcatel 2,4 milhões de dólares (1,87 milhões de euros). Outros quadros terão igualmente recebido quantias elevadas para favorecer a atribuição ao grupo francês de um contrato de 149 milhões de dólares para a instalação de 400 mil linhas de telefone móvel.
O La Nacion revelou ainda que a Alcatel contribuiu com cerca de 100 mil dólares para a campanha eleitoral, em 2002, do actual presidente Abel Pacheco, facto que este incluiu «nas numerosas contribuições autorizadas pela lei». Porém, nesse mesmo ano, a Alcatel ganhou um novo contrato de 109 milhões de dólares para a extensão da rede telefónica fixa.
Dias depois, em 30 de Setembro, Lobo, entretanto afastado da ICE por outro caso de corrupção com sueca Ericsson, declarou ao procurador geral que o antigo presidente Miguel Angel Rodriguez, chefe de Estado entre 1998 e 2002, teria reclamado 60 por cento da recompensa paga pela Alcatel.
Rodriguez afirma que pediu 220 mil dólares emprestados a Lobo, mas recusa as acusações de corrupção, apesar de estar também indiciado por ter recebido 100 mil dólares do fabricante espanhol de equipamento eléctrico, Inabensa.
No passado dia 27, o canal 7 da televisão costa-riquenha noticia que outro antigo presidente, entre 1994 e 1998, José Maria Figueras, auferiu 900 mil dólares em comissões pagas pela Alcatel. O acusado alega que a soma foi paga por uma «missão de aconselhamento na promoção de tecnologias da informação» que realizou entre Junho de 2000 e Outubro de 2003.
Na sequência do escândalo, José Maria Figueras abandonou o cargo de director geral do Fórum Económico Mundial de Davos, enquanto Miguel Angel Rodriguez, foi obrigado a demitir-se das funções de secretário geral da organização dos Estados Americanos
Ao todo, a imprensa do país calcula que a Alcatel e os seus intermediários pagaram em comissões entre 9,6 milhões e 13,8 milhões de dólares. A multinacional, que está presente em 130 países, enjeita responsabilidades, alegando que não dispõe de quadros de pessoal em todo o lado. Quando participa em concursos num pequeno país, recorre a agências locais para a apresentação das suas propostas, a quem paga uma percentagem do negócio.