Urânio empobrece trabalhadores

Vinte trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio estiveram concentrados, no dia 12, frente à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, para exigir o cumprimento de promessas feitas em Março de 2001, quando do encerramento da unidade.
Os trabalhadores pretendem ver-se equiparados aos trabalhadores de fundo de mina, situação que permitiria a antecipação da idade de reforma a estes operários cuja maior parte desempenhava funções na oficina do departamento de química, em Canas de Senhorim.
O elevado nível de radiação a que estiveram sujeitos e a perigosidade vivida durante décadas são, para os trabalhadores, argumentos suficientes para a equiparação desejada.
Na altura com 44 trabalhadores, a empresa totalmente estatal teve minas a laborar nos distritos de Viseu, Guarda e Coimbra, mas por alegada falta de viabilidade económica e devido a problemas ambientais, foi decidida a sua dissolução.
Desde aquela data, nove dos trabalhadores têm processos em tribunal, e três estão ainda a trabalhar, tendo um deles recebido uma carta de despedimento no dia 27 de Outubro, informando prescindir dos seus serviços a partir de 31 de Dezembro.


Mais artigos de: Trabalhadores

Protesto crescente

Em Lisboa e no Porto, dia 10, ficou bem vincado que a luta dos trabalhadores vai prosseguir e intensificar-se, por salários justos e trabalho com direitos, contra a injustiça e as desigualdades, por um novo rumo na política nacional.

Atenção à CGD

A Comissão de Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos deixou anteontem em Belém um alerta, sublinhado com milhares de assinaturas, face às medidas do Governo para o maior banco português.

Política de desemprego

O Plano Nacional de Emprego, PNE, vai esbarrar, como em 2003, nas próprias políticas do Governo, considera a CGTP-IN. Só Lisboa tem mais de cem mil desempregados, denunciou a USL.

Luta e negociações na Administração Pública

«A luta é o caminho», afirmou anteontem a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, num comunicado em que anuncia que o Governo propôs para a próxima terça-feira, às 11 horas, a primeira reunião do processo negocial para o próximo ano.A Frente Comum nota que «este dia e hora “coincindem” com a decisão...

Pela negociação colectiva

Lançar e projectar a acção sindical europeia no sector rodoviário de passageiros para o futuro, foi o propósito do seminário promovido pela Festru na segunda-feira, em Lisboa.

Crescer e lutar

No seu 9.º Congresso, realizado dia 12 no Porto, a Federação dos Sindicatos Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal definiu objectivos de luta e de reforço organizativo. Nas orientações aprovadas para os próximos 4 anos, a mobilização dos trabalhadores para a luta por salários-base mínimos de 500...

Liberdade de imprensa em debate

«Da censura à liberdade de imprensa e ao controlo dos órgãos de comunicação social pelos grupos económicos» é o tema da última conferência de um ciclo promovido pela União dos Sindicatos do Porto, a ter lugar no dia 24, quarta-feira, às 14.30, na casa sindical, com a participação do jornalista, César Príncipe.O ciclo...

Contra a destruição da Gestnave

Meio milhar de trabalhadores da Lisnave, Gestnave e empresas associadas manifestaram-se dia 4 de Novembro em Setúbal, concentrando-se junto ao Governo Civil, para exigir que o Governo abandone a intenção de dissolver a empresa de que é accionista. Tal medida mereceu já o parecer negativo da Comissão de Trabalhadores da...