Ferroviários vão à luta
Pelo direito à negociação e a valorização dos salários, os trabalhadores da CP, da EMEF e da Refer realizam na próxima semana uma greve e uma concentração nacional.
O acordo com a Liga terá custado à CP 50 mil contos
Na terça-feira, a partir das 14.30 horas, realiza-se uma concentração nacional do pessoal da CP e da EMEF, frente ao edifício do Conselho de Gerência da empresa-mãe, para exigir que seja respeitado o direito à negociação colectiva e a valorização dos salários.
Na quinta-feira, dia 3, os trabalhadores da Refer fazem greve, das 8 às 10 e das 17 às 19 horas, por esses mesmos motivos e, ainda, contra a discriminação, através da atribuição de gratificações apenas a alguns funcionários, sem levar em conta o que está definido sobre avaliação de desempenho e utilizando verbas excedentes no Orçamento de 2004, contra tudo o que a administração veio dizendo ao longo do ano.
As formas de luta foram definidas a 18 de Janeiro, numa reunião de organizações representativas dos trabalhadores das empresas do grupo CP. Anteontem, o SNTSF/CGTP-IN divulgou um novo apelo, a mobilizar os ferroviários para a luta, subscrito pelas comissões de trabalhadores das três empresas e por nove estruturas sindicais, salientando que, «com determinação e confiança, a luta é o caminho que se impõe face ao desrespeito pelos ferroviários».
Os salários actualizados deveriam entrar em vigor no próximo dia 1, mas as administrações só pretendem iniciar as negociações em Março.
Dourado...
«O Comboio Dourado» foi o título escolhido pelo SNTSF para o comunicado em que comentou a notícia sobre o acordo, noticiado na sexta-feira passada, entre a CP e a Liga de Futebol, concedendo viagens grátis, em todas as classes, a dirigentes, árbitros, técnicos, funcionários e jogadores, em troca do livre ingresso dos membros do conselho de gerência da ferroviária nos jogos. A CP pagará cerca de 250 mil euros à Liga.
Quanto a tratar-se de publicidade, o sindicato questiona se «será para que os milionários jogadores de futebol deixem os seus carros de alta cilindrada e passem a viajar de comboio» ou «para promover uma empresa que, depois, reduz o número de comboios, fixa horários desadequados para as necessidades das populações, suprime circulações»...
Na quinta-feira, dia 3, os trabalhadores da Refer fazem greve, das 8 às 10 e das 17 às 19 horas, por esses mesmos motivos e, ainda, contra a discriminação, através da atribuição de gratificações apenas a alguns funcionários, sem levar em conta o que está definido sobre avaliação de desempenho e utilizando verbas excedentes no Orçamento de 2004, contra tudo o que a administração veio dizendo ao longo do ano.
As formas de luta foram definidas a 18 de Janeiro, numa reunião de organizações representativas dos trabalhadores das empresas do grupo CP. Anteontem, o SNTSF/CGTP-IN divulgou um novo apelo, a mobilizar os ferroviários para a luta, subscrito pelas comissões de trabalhadores das três empresas e por nove estruturas sindicais, salientando que, «com determinação e confiança, a luta é o caminho que se impõe face ao desrespeito pelos ferroviários».
Os salários actualizados deveriam entrar em vigor no próximo dia 1, mas as administrações só pretendem iniciar as negociações em Março.
Dourado...
«O Comboio Dourado» foi o título escolhido pelo SNTSF para o comunicado em que comentou a notícia sobre o acordo, noticiado na sexta-feira passada, entre a CP e a Liga de Futebol, concedendo viagens grátis, em todas as classes, a dirigentes, árbitros, técnicos, funcionários e jogadores, em troca do livre ingresso dos membros do conselho de gerência da ferroviária nos jogos. A CP pagará cerca de 250 mil euros à Liga.
Quanto a tratar-se de publicidade, o sindicato questiona se «será para que os milionários jogadores de futebol deixem os seus carros de alta cilindrada e passem a viajar de comboio» ou «para promover uma empresa que, depois, reduz o número de comboios, fixa horários desadequados para as necessidades das populações, suprime circulações»...