No dia 8 de Março, as trabalhadoras da Rohde e da Universal Motors receberam cravos vermelhos oferecidos pelas mãos de comunistas. Comemorámos juntos os 30 anos em liberdade do Dia Internacional da Mulher, recordámos conquistas de Abril, falámos de problemas de hoje.
Com noventa anos de idade e mais de setenta de militância comunista, António Dias Lourenço mantém a mesma energia que o levou a atirar-se ao violento mar de Peniche para fugir, em 1954, da prisão onde o fascismo o havia encerrado para assim voltar, em pleno, à luta revolucionária. Após 17 anos de prisão, de resistência às torturas e de toda uma vida de sacrifícios assumidos, não tem dúvidas: valeu a pena. E afirma que o que o faz mais feliz é «ver toda essa gente nova que vem ao Partido, para pegar na bandeira e seguir em frente».
As trabalhadoras da ex-Indelma, no Casal do Marco, decidiram realizar uma manifestação junto à fábrica, apelando à participação solidária da população do concelho do Seixal e do distrito de Setúbal. A multinacional norte-americana quer mandar funcionários para o desemprego, transferindo trabalho da Alcoa Fujikura portuguesa para outros países.
A Organização Regional dos Açores do PCP realizou, no passado fim-de-semana, o seu oitavo Congresso. Jerónimo de Sousa esteve presente e reafirmou os valores e causas do Partido.
Após o plenário, 1500 sindicalistas exigiram à porta da CIP, no dia 30, em Lisboa, o fim do bloqueio à contratação e a revogação das medidas mais graves do Código do Trabalho.
Dirigentes e delegados do Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul exigiram no dia 1, em Lisboa, a revisão do contrato colectivo para o sector.
O rio Almonda está altamente poluído, apesar de atravessar a Reserva Natural do Paúl do Boquilobo, património da UNESCO. O colectivo de Azinhaga da JCP está a promover um abaixo-assinado pela despoluição do rio.
Trabalho, educação, habitação, desporto e política externa: a Comissão Política da JCP analisa as propostas do Governo de José Sócrates para estas áreas e faz um balanço negativo.
Os comunistas de Lisboa estão há cerca de um ano a preparar as eleições autárquicas de 2005. Entretanto, a CDU realizou, sábado, em Alcântara, um encontro onde apresentou as suas linhas programáticas.
O PCP de Setúbal iniciou, quinta-feira, junto do tribunal que julga três mulheres acusadas de crime de aborto, a recolha de assinaturas para exigir à Assembleia da República a aprovação da despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez sem recurso a referendo.
Os grupos ocidentais foram os grandes beneficiados com a vaga de privatizações que se seguiu à derrota do socialismo no Leste europeu no início da década de 90.
A um ano das legislativas, a coligação liderada por Silvio Berlusconi sofreu uma pesada derrota nas eleições regionais realizadas no domingo e segunda-feira.
Na 61.º sessão da Comissão dos Direitos Humanos (CDH), que decorre em Genebra, os EUA procuram aprovar uma moção anticubana e tentam esconder as torturas em Guantanamo e Abu Ghraib.
O governo do Iraque prolongou o estado de emergência no país, numa semana em que a resistência respondeu ao endurecimento da ocupação e os EUA foram acusados de violações aos Direitos Humanos.
Muitos daqueles que defendem a «moderação» no aumento das pensões de reforma, ou que afirmam que as despesas com as pensões constituem um gasto insuportável para a Segurança Social, ou que defendem pura e simplesmente «cortes» na Segurança Social para «equilibrar» as contas públicas, esquecem-se de referir, intencionalmente ou por ignorância, de que valores de pensões de reforma estão a falar.
Não conhecia o Norte do México. Estive em algumas das suas cidades no inicio de Março a convite do Partido dos Comunistas daquele país. Foi uma viagem pelo inesperado. Fez-me pensar na jornada de Leopold Bloom no Ulisses, de Joyce. Com uma diferença: quase tudo era desconhecido para mim.
Quando este jornal chegar às mãos dos seus leitores, o Parlamento terá já sido dissolvido. Tony Blair tinha agendada uma conferência com a raínha, Isabel II, no Palácio de Buckingham para terça-feira, dia 5. A soberana só teria de assinar o decreto governamental. A Câmara dos Comuns, como se torna evidente, não voltará a reunir nas condições da actual legislatura e a campanha eleitoral, já bem presente na vida britânica, começará, oficialmente. Mas terá de aguardar o fim da pausa que os funerais do Papa e o casamento do príncipe Carlos estão a exigir.