Direita vence legislativas na República Checa
O Partido Democrático Cívico (ODS) venceu as eleições legislativas na República Checa, com 35 por cento dos votos e 81 dos 200 lugares na Câmara dos Deputados. Em segundo lugar ficou o Partido Social Democrata (CSSD), com 32 por cento e 74 deputados. Esta formação está há oito anos no poder.
O Partido Comunista da Boémia e Morávia (KSCM) obteve 12 por cento e 26 deputados. Nas eleições de 2002, tinha conseguido 18 por cento e 41 lugares, enquanto em 1998 elegeu 17 deputados. Este resultado não será alheio ao ambiente político e social que se vive na República Checa. A campanha eleitoral e os meses que a precederam ficaram marcados por um clima profundamente hostil aos comunistas, nomeadamente com a tentativa de ilegalização da Juventude Comunista e o espancamento do vice-presidente do KSCM.
Os cristãos democratas (KDU-CSL) baixaram para 7 por cento (13 deputados) e os Verdes (SZ) chegaram pela primeira vez ao parlamento, com 6 por cento dos votos (seis deputados).
Com a distribuição de votos, o ODS não consegue formar uma maioria suficiente com os cristãos-democratas e os Verdes, nem os sociais-democratas coligados com os comunistas. «Temos negociações pela frente enquanto vencedor das eleições, cabendo-me em primeiro lugar de evitar uma crise política», afirmou no domingo o líder do ODS, Mirek Topolanek, durante um debate televisivo, acrescentando que não exclui os sociais-democratas das negociações.
O líder do CSSD declarou que vai recomendar ao seu partido que fique a oposição. O Partido Comunista propôs formar um «governo de união nacional», mas o ODS, os cristãos-democratas e os Verdes afirmaram várias vezes a sua recusa total de participar num governo onde os comunistas estejam representados.
Estão recenseados mais de 8 milhões de eleitores e participaram nas eleições 25 formações. Para eleger deputados, os partidos têm de alcançar pelo menos cinco por cento dos votos. O índice de participação foi de 64 por cento, mais seis por cento do que o registado nas eleições legislativas de 2002.
Jerónimo de Sousa presente
A convite do Partido Comunista da Boémia e Morávia, o secretário-geral do PCP participou na quinta-feira, em Praga, no comício de encerramento da campanha eleitoral do PCBM.
No comício, realizado no centro da capital checa perante mais de duas mil pessoas, participaram também representantes do Partido Comunista Grego, Partido Comunista da Eslováquia e da Refundação Comunista de Itália. Jerónimo de Sousa interveio na iniciativa.
Durante a estadia, Jerónimo de Sousa encontrou-se com Filip Vojtech, presidente do CC do PCBM, e manteve diversos contactos com responsáveis da sua direcção. Do programa da visita constou igualmente a participação numa conferência de imprensa conjunta, na qual Jerónimo de Sousa fez uma pequena declaração sobre a importância de votar nos comunistas. O dirigente do PCP concedeu ainda uma entrevista ao diário dos comunistas checos, Halo Noviny. O secretário-geral foi acompanhado na deslocação a Praga por Luís Carapinha, da Secção Internacional.
O Partido Comunista da Boémia e Morávia (KSCM) obteve 12 por cento e 26 deputados. Nas eleições de 2002, tinha conseguido 18 por cento e 41 lugares, enquanto em 1998 elegeu 17 deputados. Este resultado não será alheio ao ambiente político e social que se vive na República Checa. A campanha eleitoral e os meses que a precederam ficaram marcados por um clima profundamente hostil aos comunistas, nomeadamente com a tentativa de ilegalização da Juventude Comunista e o espancamento do vice-presidente do KSCM.
Os cristãos democratas (KDU-CSL) baixaram para 7 por cento (13 deputados) e os Verdes (SZ) chegaram pela primeira vez ao parlamento, com 6 por cento dos votos (seis deputados).
Com a distribuição de votos, o ODS não consegue formar uma maioria suficiente com os cristãos-democratas e os Verdes, nem os sociais-democratas coligados com os comunistas. «Temos negociações pela frente enquanto vencedor das eleições, cabendo-me em primeiro lugar de evitar uma crise política», afirmou no domingo o líder do ODS, Mirek Topolanek, durante um debate televisivo, acrescentando que não exclui os sociais-democratas das negociações.
O líder do CSSD declarou que vai recomendar ao seu partido que fique a oposição. O Partido Comunista propôs formar um «governo de união nacional», mas o ODS, os cristãos-democratas e os Verdes afirmaram várias vezes a sua recusa total de participar num governo onde os comunistas estejam representados.
Estão recenseados mais de 8 milhões de eleitores e participaram nas eleições 25 formações. Para eleger deputados, os partidos têm de alcançar pelo menos cinco por cento dos votos. O índice de participação foi de 64 por cento, mais seis por cento do que o registado nas eleições legislativas de 2002.
Jerónimo de Sousa presente
A convite do Partido Comunista da Boémia e Morávia, o secretário-geral do PCP participou na quinta-feira, em Praga, no comício de encerramento da campanha eleitoral do PCBM.
No comício, realizado no centro da capital checa perante mais de duas mil pessoas, participaram também representantes do Partido Comunista Grego, Partido Comunista da Eslováquia e da Refundação Comunista de Itália. Jerónimo de Sousa interveio na iniciativa.
Durante a estadia, Jerónimo de Sousa encontrou-se com Filip Vojtech, presidente do CC do PCBM, e manteve diversos contactos com responsáveis da sua direcção. Do programa da visita constou igualmente a participação numa conferência de imprensa conjunta, na qual Jerónimo de Sousa fez uma pequena declaração sobre a importância de votar nos comunistas. O dirigente do PCP concedeu ainda uma entrevista ao diário dos comunistas checos, Halo Noviny. O secretário-geral foi acompanhado na deslocação a Praga por Luís Carapinha, da Secção Internacional.