Massacre em Canaã
As bombas atingiram Canaã cerca da uma da madrugada de 31 de Julho. Sessenta pessoas, 34 das quais crianças, morreram. «Não vamos parar», diz Israel.
«Nas ruínas do edifício não apareceu qualquer tipo de armas»
O bombardeamento israelita visou atingir um edifício de três andares onde funcionavam instalações da United Nations Interim Forces in Lebanon (UNIFIL). As vítimas tinham aí procurado refúgio, crendo tratar-se de um abrigo seguro. Morreram durante o sono, soterradas pelos escombros.
Segundo os repórteres presentes no local, nas ruínas do edifício não apareceu qualquer tipo de armas.
«Posso dizer que é um massacre. A maioria das vítimas fugia das bombas israelitas noutras áreas do Líbano», afirmou um voluntário da Cruz Vermelha.
A matança suscitou indignação em todo o mundo, mas não impressionou o governo israelita, cujo primeiro-ministro, Ehud Olmert, garantiu publicamente que «a luta continua» e os bombardeamentos vão prosseguir, apesar de dizer «lamentar as baixas entre os inocentes».
Outra coisa não seria de esperar de Telavive, tão seguro da sua impunidade que nem sequer se coibiu de repetir em Canaã a carnificina cometida há dez anos. Foi a 18 de Abril de 1996, na então chamada operação «Vinhas da ira», que o edifício da UNIFIL naquela localidade libanesa foi bombardeado pela Força Aérea israelita. Morreram 106 dos 800 civis libaneses que aí estavam refugiados.
A investigação ao crime mandada efectuar pela ONU conclui que o ataque israelita tinha sido «deliberado», mas quando o então secretário-geral das Nações Unidas, Boutros Ghali, quis tornar público o seu relatório, foi ameaçado de que isso lhe custaria o lugar e forçado a divulgar uma versão revista do documento, denuncia a Global Research, citando informações do Badil Resource Center.
Os EAU e Israel garantiram então ter-se tratado de um «erro lamentável». A ONU não tomou mais nenhuma diligência.
Tudo leva a crer que a história se repetirá em 2006.
À espera da NATO
Enquanto o Conselho de Segurança e a União Europeia – sempre tão lestos em decisões quando se trata de atacar Cuba, o Irão, a Síria ou a Coreia do Norte – empatam tempo para dar tempo de matança a Israel, ganha corpo a ideia de enviar (ou estacionar?) uma força multinacional no Sul do Líbano.
Segundo um artigo publicado por Matthew Kalman no San Francisco Chronicle a 21 de Julho, o plano de destruição do Líbano terá sido tema de debate no Fórum mundial que o American Enterprise Intitute organizou, como sucede anualmente, a 16 e 18 de Junho último, em Beaver Creek. A Casa Branca terá dado luz verde ao início das operações dias depois.
No futuro próximo, refere o artigo, o papel principal caberá ao general Bantz Craddock, um especialista com provas dadas, entre outras, na «Tempestade no Deserto» e enquanto comandante das forças terrestres da NATO no Kosovo. O general, tido como homem de confiança de Donald Rumsfeld, deverá ser nomeado em Novembro próximo comandante do Comando Europeu e da NATO, o que lhe permitira assumir a direcção das forças da Aliança já instaladas em países como o Afeganistão ou o Sudão, e, naturalmente, da que vier a ser instalada no Sul do Líbano. Muito oportuno. Resta saber quantos mais crimes de guerra serão cometidos até lá.
À espera da NATO
Enquanto o Conselho de Segurança e a União Europeia – sempre tão lestos em decisões quando se trata de atacar Cuba, o Irão, a Síria ou a Coreia do Norte – empatam tempo para dar tempo de matança a Israel, ganha corpo a ideia de enviar (ou estacionar?) uma força multinacional no Sul do Líbano.
Segundo um artigo publicado por Matthew Kalman no San Francisco Chronicle a 21 de Julho, o plano de destruição do Líbano terá sido tema de debate no Fórum mundial que o American Enterprise Intitute organizou, como sucede anualmente, a 16 e 18 de Junho último, em Beaver Creek. A Casa Branca terá dado luz verde ao início das operações dias depois.
No futuro próximo, refere o artigo, o papel principal caberá ao general Bantz Craddock, um especialista com provas dadas, entre outras, na «Tempestade no Deserto» e enquanto comandante das forças terrestres da NATO no Kosovo. O general, tido como homem de confiança de Donald Rumsfeld, deverá ser nomeado em Novembro próximo comandante do Comando Europeu e da NATO, o que lhe permitira assumir a direcção das forças da Aliança já instaladas em países como o Afeganistão ou o Sudão, e, naturalmente, da que vier a ser instalada no Sul do Líbano. Muito oportuno. Resta saber quantos mais crimes de guerra serão cometidos até lá.
Segundo os repórteres presentes no local, nas ruínas do edifício não apareceu qualquer tipo de armas.
«Posso dizer que é um massacre. A maioria das vítimas fugia das bombas israelitas noutras áreas do Líbano», afirmou um voluntário da Cruz Vermelha.
A matança suscitou indignação em todo o mundo, mas não impressionou o governo israelita, cujo primeiro-ministro, Ehud Olmert, garantiu publicamente que «a luta continua» e os bombardeamentos vão prosseguir, apesar de dizer «lamentar as baixas entre os inocentes».
Outra coisa não seria de esperar de Telavive, tão seguro da sua impunidade que nem sequer se coibiu de repetir em Canaã a carnificina cometida há dez anos. Foi a 18 de Abril de 1996, na então chamada operação «Vinhas da ira», que o edifício da UNIFIL naquela localidade libanesa foi bombardeado pela Força Aérea israelita. Morreram 106 dos 800 civis libaneses que aí estavam refugiados.
A investigação ao crime mandada efectuar pela ONU conclui que o ataque israelita tinha sido «deliberado», mas quando o então secretário-geral das Nações Unidas, Boutros Ghali, quis tornar público o seu relatório, foi ameaçado de que isso lhe custaria o lugar e forçado a divulgar uma versão revista do documento, denuncia a Global Research, citando informações do Badil Resource Center.
Os EAU e Israel garantiram então ter-se tratado de um «erro lamentável». A ONU não tomou mais nenhuma diligência.
Tudo leva a crer que a história se repetirá em 2006.
À espera da NATO
Enquanto o Conselho de Segurança e a União Europeia – sempre tão lestos em decisões quando se trata de atacar Cuba, o Irão, a Síria ou a Coreia do Norte – empatam tempo para dar tempo de matança a Israel, ganha corpo a ideia de enviar (ou estacionar?) uma força multinacional no Sul do Líbano.
Segundo um artigo publicado por Matthew Kalman no San Francisco Chronicle a 21 de Julho, o plano de destruição do Líbano terá sido tema de debate no Fórum mundial que o American Enterprise Intitute organizou, como sucede anualmente, a 16 e 18 de Junho último, em Beaver Creek. A Casa Branca terá dado luz verde ao início das operações dias depois.
No futuro próximo, refere o artigo, o papel principal caberá ao general Bantz Craddock, um especialista com provas dadas, entre outras, na «Tempestade no Deserto» e enquanto comandante das forças terrestres da NATO no Kosovo. O general, tido como homem de confiança de Donald Rumsfeld, deverá ser nomeado em Novembro próximo comandante do Comando Europeu e da NATO, o que lhe permitira assumir a direcção das forças da Aliança já instaladas em países como o Afeganistão ou o Sudão, e, naturalmente, da que vier a ser instalada no Sul do Líbano. Muito oportuno. Resta saber quantos mais crimes de guerra serão cometidos até lá.
À espera da NATO
Enquanto o Conselho de Segurança e a União Europeia – sempre tão lestos em decisões quando se trata de atacar Cuba, o Irão, a Síria ou a Coreia do Norte – empatam tempo para dar tempo de matança a Israel, ganha corpo a ideia de enviar (ou estacionar?) uma força multinacional no Sul do Líbano.
Segundo um artigo publicado por Matthew Kalman no San Francisco Chronicle a 21 de Julho, o plano de destruição do Líbano terá sido tema de debate no Fórum mundial que o American Enterprise Intitute organizou, como sucede anualmente, a 16 e 18 de Junho último, em Beaver Creek. A Casa Branca terá dado luz verde ao início das operações dias depois.
No futuro próximo, refere o artigo, o papel principal caberá ao general Bantz Craddock, um especialista com provas dadas, entre outras, na «Tempestade no Deserto» e enquanto comandante das forças terrestres da NATO no Kosovo. O general, tido como homem de confiança de Donald Rumsfeld, deverá ser nomeado em Novembro próximo comandante do Comando Europeu e da NATO, o que lhe permitira assumir a direcção das forças da Aliança já instaladas em países como o Afeganistão ou o Sudão, e, naturalmente, da que vier a ser instalada no Sul do Líbano. Muito oportuno. Resta saber quantos mais crimes de guerra serão cometidos até lá.