Concentrações em Lisboa e no Porto

Fim aos massacres no Líbano e na Palestina

Em Lisboa e no Porto, no dia 26, centenas de pessoas concentraram-se para protestar contra os massacres israelitas no Líbano. O fim dos ataques militares de Israel é a exigência principal.

Cresce a contestação à agressão israelita no Líbano e na Palestina

Em Lisboa, mais de oito centenas de manifestantes concentraram-se junto à embaixada de Israel. A acção, promovida por mais de 20 associações e movimentos, deveria culminar com a entrega ao embaixador de um documento com as principais exigências dos manifestantes, mas o diplomata recusou-se a receber a delegação. «Assassinos», afirmaram os manifestantes, que brindaram a embaixada com um forte coro de assobios.
No apelo conjunto (texto transcrito nesta edição), as associações promotoras da concentração afirmavam que os «bombardeamentos constantes e diários levados a cabo por Israel sobre o Líbano, que se sucedem à violenta ofensiva contra o povo palestiniano em Gaza, são verdadeiros crimes e representam uma nova e perigosa escalada belicista» na região. Os mortos causados, bem como a destruição de infra-estruturas básicas libanesas e palestinianas, faz cair por terra o argumento da procura dos soldados capturados, afirmava-se no comunicado.
Considerando que tais ataques só são possíveis com o apoio dos Estados Unidos e a cumplicidade da União Europeia, os promotores da concentração condenam desde já a possível extensão do conflito, em particular qualquer agressão à Síria ou ao Irão. E reafirmaram a sua solidariedade com os povos do Líbano pela sua integridade territorial, e da Palestina pela criação do seu Estado. A solidariedade para com todos os que, em Israel, combatem pela paz não foi esquecida.
Entre as organizações promotoras, contavam-se o PCP, a JCP, a CGTP-IN, o CPPC, o MDM, a ID, o BE, a URAP, entre outras.

No Porto

No Porto, a Praça da Batalha foi o local escolhido para a concentração promovida pelo Movimento pela Paz. O movimento considera que o pretexto dos três soldados israelitas raptados no Líbano e na Palestina não passa disso mesmo, de um pretexto: «Esses soldados não foram raptados mas sim capturados e são mesmo três e não milhares como são os palestinianos e libaneses que jazem nas masmorras israelitas». Com este pretexto, acusam, «põem a ferro e fogo toda a região à volta do seu território e ameaçam fazê-lo durante o tempo que acharem necessário até que não sobre pedra sobre pedra».
O Movimento pela Paz acusa o Governo português de «lavar as mãos» perante os massacres, não tendo qualquer palavra de condenação ao governo de Israel. Assim, afirmam, colocam-se «do mesmo lado dos criminosos que desafiam toda a humanidade, cometendo os mais abomináveis crimes de guerra». Por lapso, na última edição do Avante!, afirmava-se que o MPP estava a promover um abaixo-assinado que tinha já dezenas de subscritores. O abaixo-assinado existe, mas é promovido pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente – MPPM (texto transcrito, como acima se escreve, nesta edição).
Na véspera da concentração de Lisboa, o MPPM organizou uma sessão de esclarecimento com a presença da delegada-geral da Palestina em Portugal, Randa Nabulsi. Participaram ainda Carlos Almeida, do MPPM, e a professora universitária Isabel Allegro de Magalhães.

Jovens comunistas exigem cessar-fogo

Dezenas de jovens concentraram-se no passado dia 27 junto à embaixada de Israel em Lisboa para, desta forma, expressar o seu repúdio pela agressão militar israelita contra os povos da Palestina e do Líbano. A acção foi promovida pela JCP, que desta forma respondia ao apelo lançado pela Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) de realizar iniciativas de denúncia e protesto da situação que se vive no Médio Oriente. «Quem faz a guerra não quer a paz! Cessar-fogo imediato!», lia-se numa faixa empunhada por alguns militantes da JCP presentes na concentração.
Com esta acção, pretendia-se entregar na embaixada a posição da FMJD sobre este conflito. Em vários países do mundo realizaram-se acções semelhantes. Na concentração esteve presente um membro da Comissão Política da JCP, que entretanto rumou para a Palestina, numa visita de solidariedade.
Foi entregue na embaixada a posição do Conselho Coordenador da Federação, na qual considera ser necessário «pôr fim a esta escalada criminosa que tem causado numerosas vítimas e indescritível sofrimento e que tem conduzido o Médio Oriente para um conflito de contornos cada vez mais perigosos». Para a FMJD, é necessário condenar as acções de «brutal retaliação dirigidas contra populações inteiras». A Federação entende que o silêncio e a cumplicidade perante estes crimes, por parte dos EUA e da UE, é inaceitável e constitui um «verdadeiro insulto à dignidade humana».
Às suas organizações-membro, a FMJD apela a que acentuem os esforços na luta «contra a cruzada criminosa do imperialismo e para que desenvolvam um grande leque de acções de consciencialização dos jovens e que obriguem Israel a retirar e a parar todas as suas acções militares no Líbano e na Palestina imediatamente».


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