Professores em vigília

Depois da reunião de segunda-feira, de preparação para a reunião suplementar com o Ministério da Educação (ME) agendada para hoje, a plataforma sindical dos professores está, desde ontem, m vigília, junto ao Ministério da Educação, numa acção que se prolonga até amanhã, pelas 12.00 horas.
Para amanhã está também agendado, para as 14.30 horas, um plenário nacional, no alto do Parque Eduardo VII, seguido de um cordão humano até ao ME, às 16.30 horas. Na tutela será entregue um abaixo-assinado, enquanto por todas as capitais de distrito serão distribuídos documentos à população, para a sensibilizar sobre as razões da sua luta.
A plataforma solicitou, entretanto, pareceres de diversos contabilistas sobre a constitucionalidade das alterações ao Estatuto da Carreira Docente, entre outras matérias em apreciação.
No dia 9, o secretariado nacional da Fenprof denunciou, apesar da reabertura das negociações, a «total inflexibilidade» do ME, no que o secretário de Estado Adjunto e da Educação disse serem «questões de princípio».
Para a federação sindical, a reabertura de negociações deveu-se à acção que tem sido desenvolvida pela plataforma sindical com grande participação de professores e educadores.

Ministra ameaça empregos

A ministra da Educação anunciou segunda-feira, na Assembleia da República, pretender reconverter profissionalmente milhares de docentes para áreas de apoio como a biblioteca, a manutenção dos edifícios, o apoio jurídico, o apoio social e outras tarefas levou a plataforma, em comunicado, a denunciar o que considera ser a tentativa para «reconverter os docentes a outras áreas profissionais».
Ao salientar que não há professores a mais no sistema, a plataforma sindical salienta que a existência de professores em excesso é devida ao encerramento de escolas, a cortes na educação especial, à integração de escolas secundárias em agrupamentos e ao aumento dos horários de trabalho dos que são colocados.
A plataforma salienta o anunciado corte de 343 milhões de euros em salários, a efectuar através da redução de mais do que os 5 mil contratados que a ministra tinha anunciado e o bloqueio à entrada de novos docentes.
Segundo a Fenprof, no Orçamento de Estado para 2007 estão previstos cortes de 16 por cento na Educação e 16 instituições receberão menos dinheiro para salários do que este ano. A federação sindical lembra que as despesas com pessoal já ultrapassam, actualmente em 6 por cento, o valor dos respectivos orçamentos.


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