Presidenciais russas

Comunistas denunciam fraudes

Dimitri Medvedev, o candidato apoiado pelo actual presidente da Rússia, Vladimir Putin, venceu as presidenciais de domingo no país, recolhendo 70,28 por cento dos votos.
De acordo com os dados definitivos apurados pela Comissão Eleitoral Central, divulgados terça-feira, em segundo lugar, com 17,72 por cento, ficou o candidato do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), Guennadi Ziuganov.
O resultado obtido por Ziuganov é inferior ao de anteriores eleições presidenciais – em 1996, contra Boris Ieltsin, garantiu 32 por cento, e em 2000, frente a Putin, arrecadou 29 por cento -, mas representa uma subida muito significativa face às legislativas de Dezembro passado, quando o PCFR pouco ultrapassou os 11 por cento.
Apesar da elevada taxa de participação parecer legitimar Medvedev, segundo a CNE quase 70 por cento, as inúmeras denuncias de fraude levam o PCFR a ponderar avançar com processos de impugnação dos resultados.
Indicações directas de voto nas cabines, manifestações públicas de apoio a candidatos em órgãos de comunicação social, panfletos distribuídos junto às urnas em várias províncias, ou suspeitas de falsificações de boletins em muitas regiões são as razões invocadas pelos comunistas.
Instado a comentar os resultados, Guennadi Ziuganov mostrou-se satisfeito e lembrou que os resultados confirmam a implantação do partido nos grandes centros industriais. Ziuganov sublinhou ainda que a campanha foi uma oportunidade para dar a conhecer ao povo russo o programa «20 propostas para uma vida digna», que o dirigente comunista pretende levar junto dos órgão representativos.



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