Política de direita fomenta emigração
O secretário-geral do PCP participou, no fim-de-semana, em diversas iniciativas partidárias e de contacto com as comunidades portuguesas no Luxemburgo e em França.
Há emigrantes portugueses a viver situações dramáticas de exclusão
Jerónimo de Sousa passou o sábado no Luxemburgo, país que conta com uma importante comunidade portuguesa. Estima-se que os cerca de 80 mil portugueses ali residentes representem qualquer coisa como 13 por cento da população do país, sendo a principal comunidade estrangeira.
A emigração portuguesa para aquele pequeno país da Europa conheceu nos últimos tempos um novo fluxo, fruto do agravamento da situação nacional. Em 2007, terão chegado ao Luxemburgo cerca de 8 mil portugueses.
Como afirmou à Lusa o secretário-geral do PCP na véspera da partida,o Luxemburgo ainda é, para muitos portugueses, o «El Dorado». Mas quando lá chegam, prosseguiu, não são poucos aqueles que se deparam com situações de desemprego, precariedade e mesmo de exclusão. «Há até emigrantes qualificados que acabam por recorrer a trabalhos precários», destacou Jerónimo de Sousa.
Prosseguindo, o dirigente do PCP realçou que muitos destes emigrantes «trazem algum dinheiro, mas muitos não conseguem arranjar trabalho e este é um país muito caro. Acabam por ser empurrados para a miséria». Foi esta realidade que levou Jerónimo de Sousa a visitar o Centro de Alojamento para Imigrantes daquele país.
Reforçar o Partido também no estrangeiro
À tarde, o secretário-geral do Partido participou na Assembleia da Organização dos membros do PCP no Luxemburgo, onde foram abordadas várias questões relacionadas com o funcionamento do Partido e se elegeu um organismo de direcção.
Desde os anos 80 que não se conseguia realizar uma assembleia do Partido naquele país. Ainda assim, foi o Luxemburgo um dos países que mais contribuiu para o crescimento do PCP na Emigração, com vários recrutamentos efectuados em 2007. Para Junho, ficou agendado um plenário para preparar o XVIII Congresso do Partido.
O programa terminou com um jantar que reuniu mais de 80 pessoas. Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP acusou o Governo português de criar as condições para a emigração, com o agravamento da política de direita. O dirigente do PCP teve ainda a oportunidade de se encontrar com Gomes da Silva, presidente da Comissão dos ex-militares Emigrantes. Jerónimo de Sousa transmitiu a solidariedade do PCP para com a sua luta pela contagem do tempo de serviço militar para efeitos de reforma. O Governo teima em não regulamentar esta lei.
Houve ainda tempo para um breve contacto com único eleito para o Conselho das Comunidades Portuguesas pelo Luxemburgo, nas eleições realizadas recentemente.
Governo despreza emigrantes
No dia seguinte, o dirigente do PCP almoçou com mais de duas centenas de emigrantes em Nanterre, na região de Paris. Também à capital francesa têm chegado nos últimos tempos muitos portugueses.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa salientou que o Partido acompanha, mesmo à distância, a situação das comunidades portuguesas. Para o secretário-geral do Partido, o encerramento dos consulados revela o desprezo do Governo pelos emigrantes. Recentemente, foram encerrados os consulados de Versailles e Nogent, ficando os serviços concentrados num «mega-consulado» situado em Paris, que deverá servir os cerca de meio milhão de emigrantes lusos que habitam na área da capital francesa.
A desresponsabilização do Governo pelo ensino do Português no estrangeiro mereceu também a crítica do dirigente do PCP. Também assim se desrespeita um preceito constitucional.
Houve ainda lugar para a música, com o grupo VIP, e para a poesia popular.
Encontro com o PC Luxemburguês
Jerónimo de Sousa teve ainda a oportunidade de se encontrar com o presidente do Partido Comunista Luxemburguês, Ali Ruckert. Os dois dirigentes fizeram avaliações análogas da situação internacional e da União Europeia. Foi ainda realçada a necessidade de aprofundar a cooperação entre os dois partidos, dada a importância da comunidade portuguesa naquele país.
A emigração portuguesa para aquele pequeno país da Europa conheceu nos últimos tempos um novo fluxo, fruto do agravamento da situação nacional. Em 2007, terão chegado ao Luxemburgo cerca de 8 mil portugueses.
Como afirmou à Lusa o secretário-geral do PCP na véspera da partida,o Luxemburgo ainda é, para muitos portugueses, o «El Dorado». Mas quando lá chegam, prosseguiu, não são poucos aqueles que se deparam com situações de desemprego, precariedade e mesmo de exclusão. «Há até emigrantes qualificados que acabam por recorrer a trabalhos precários», destacou Jerónimo de Sousa.
Prosseguindo, o dirigente do PCP realçou que muitos destes emigrantes «trazem algum dinheiro, mas muitos não conseguem arranjar trabalho e este é um país muito caro. Acabam por ser empurrados para a miséria». Foi esta realidade que levou Jerónimo de Sousa a visitar o Centro de Alojamento para Imigrantes daquele país.
Reforçar o Partido também no estrangeiro
À tarde, o secretário-geral do Partido participou na Assembleia da Organização dos membros do PCP no Luxemburgo, onde foram abordadas várias questões relacionadas com o funcionamento do Partido e se elegeu um organismo de direcção.
Desde os anos 80 que não se conseguia realizar uma assembleia do Partido naquele país. Ainda assim, foi o Luxemburgo um dos países que mais contribuiu para o crescimento do PCP na Emigração, com vários recrutamentos efectuados em 2007. Para Junho, ficou agendado um plenário para preparar o XVIII Congresso do Partido.
O programa terminou com um jantar que reuniu mais de 80 pessoas. Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP acusou o Governo português de criar as condições para a emigração, com o agravamento da política de direita. O dirigente do PCP teve ainda a oportunidade de se encontrar com Gomes da Silva, presidente da Comissão dos ex-militares Emigrantes. Jerónimo de Sousa transmitiu a solidariedade do PCP para com a sua luta pela contagem do tempo de serviço militar para efeitos de reforma. O Governo teima em não regulamentar esta lei.
Houve ainda tempo para um breve contacto com único eleito para o Conselho das Comunidades Portuguesas pelo Luxemburgo, nas eleições realizadas recentemente.
Governo despreza emigrantes
No dia seguinte, o dirigente do PCP almoçou com mais de duas centenas de emigrantes em Nanterre, na região de Paris. Também à capital francesa têm chegado nos últimos tempos muitos portugueses.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa salientou que o Partido acompanha, mesmo à distância, a situação das comunidades portuguesas. Para o secretário-geral do Partido, o encerramento dos consulados revela o desprezo do Governo pelos emigrantes. Recentemente, foram encerrados os consulados de Versailles e Nogent, ficando os serviços concentrados num «mega-consulado» situado em Paris, que deverá servir os cerca de meio milhão de emigrantes lusos que habitam na área da capital francesa.
A desresponsabilização do Governo pelo ensino do Português no estrangeiro mereceu também a crítica do dirigente do PCP. Também assim se desrespeita um preceito constitucional.
Houve ainda lugar para a música, com o grupo VIP, e para a poesia popular.
Encontro com o PC Luxemburguês
Jerónimo de Sousa teve ainda a oportunidade de se encontrar com o presidente do Partido Comunista Luxemburguês, Ali Ruckert. Os dois dirigentes fizeram avaliações análogas da situação internacional e da União Europeia. Foi ainda realçada a necessidade de aprofundar a cooperação entre os dois partidos, dada a importância da comunidade portuguesa naquele país.