Ficarão para sempre na memória colectiva do povo português palavras de ordem com a força de A Terra a quem a trabalha, Reforma Agrária em frente é pão para toda a gente, A banca ao serviço do povo ou Viva o controlo operário.
No dia 9 de Fevereiro de 1975, em Évora, o PCP promoveu a I Conferência dos Trabalhadores Agrícolas do Sul. Com mais de trinta mil trabalhadores, dos distritos de Évora, Beja, Portalegre, Setúbal e Santarém, a participarem na conferência e no seu comício de encerramento, a data ficou a marcar o arranque para a Reforma Agrária, uma das mais importantes conquistas da revolução de Abril, que iria transformar radicalmente os campos do latifúndio, criando trabalho e desenvolvimento onde até então dominavam o atraso, a exploração, a miséria, o desemprego.
Ontem, à tarde, já depois do fecho da nossa edição, ia realizar-se, em Montemor-o-Novo, no auditório da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Vila, a primeira das iniciativas com que o PCP se propõe assinalar, ao longo de 2010, os 35 anos da Reforma Agrária. Nestas páginas, publicamos o texto da intervenção de Jerónimo de Sousa, nessa sessão pública (de que daremos notícia no próximo número), e fotografias, do arquivo do Avante!, de alguns momentos marcantes da construção da Reforma Agrária e dos anos da resistência à contra-revolução.
Foi uma organização do Partido reforçado, profundamente enraizado junto dos trabalhadores e das populações e conhecedor da realidade económica e social do distrito, aquela que esteve reunida no sábado, no antigo Cinema Batalha, na 9.ª Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP.
A realidade económica e social do distrito do Porto foi dissecada aprofundadamente em várias intervenções, pela voz daqueles que a conhecem tão profundamente por intervirem, diariamente, para a transformar.
O PCP propôs, na Assembleia da República, um Plano de Emergência Social para o distrito de Aveiro, contendo as propostas necessárias para enfrentar a difícil situação económica e social daquela região.
Cerca de 600 representantes de trabalhadores de empresas do sector automóvel e metalurgia, das indústrias químicas e da fabricação de material eléctrico manifestaram-se sexta-feira nas ruas de Lisboa.
Reunido em Montemor-o-Novo, a 11 e 12 de Fevereiro, o secretariado da Federação Nacional dos Professores analisou a concretização dos compromissos assumidos no «acordo de princípios», pelo Ministério da Educação, e repudiou a aplicação do «simplex».
Os representantes dos trabalhadores da Lisnave, das minas de Aljustrel e da Rohde afirmam que as empresas recebem os apoios do Estado mas, impunemente, não respeitam os compromissos que assumiram.
Uma vez mais o País não irá dispor de um Orçamento do Estado ajustado aos seus problemas e necessidades. Motivos para satisfação têm apenas os partidos da política de direita – PS, PSD e CDS -, eles que deram corpo e viabilizaram, na passada semana, com os seus votos, o OE para 2010.
Os jovens comunistas dos Açores estão preocupados com a situação dos recém-licenciados da Ilha das Flores, desempregados e na iminência de terem de emigrar da sua ilha e região de origem.
O núcleo de Faro do MDM vai realizar, nos dias 7 e 8 de Março, um conjunto de iniciativas para assinalar o centenário da Proclamação do Dia Internacional da Mulher.
Uma nova greve geral ameaça paralisar de novo a Grécia na próxima quarta-feira, 24, duas semanas depois da grande jornada de luta promovida pelo sindicato PAME que deixou o país ao ralenti.
As centrais sindicais espanholas CCOO e UGT assinaram, dia 8, um controverso acordo com as patronais, que estipula a contenção salarial e prevê a possibilidade de não aplicação dos insignificantes aumentos acordados.
A Aliança Atlântica vai alterar o seu conceito estratégico. O objectivo é dar cobertura à extensão das operações de agressão além das fronteiras dos países membros do bloco.
A maior ofensiva conjunta das forças da NATO e do exército afegão no território, invadido e ocupado em 2001, já provocou vítimas civis. A ONG italiana Emergency fala em crimes de guerra.
Para abordar o tema que me foi proposto – o da reconfiguração do Estado ao serviço dos grandes interesses económicos – será talvez necessário recuar mais longe do que a década que temos em análise, incluindo até o período da resistência antifascista. É útil relembrar, no contexto actual, o que Álvaro Cunhal escreveu acerca das posições da burguesia liberal sobre as necessidades de modificação ou substituição do Estado fascista pela revolução democrática: [existe uma] «íntima relação entre os objectivos políticos que cada sector atribui à revolução antifascista e as suas posições em relação ao problema do Estado: quanto menores são as transformações de ordem social e política encaradas, tanto menores são as exigências de modificação ou substituição do Estado fascista».