Reclamar salários e direitos

Re­cla­mando di­reitos ame­a­çados com perdas de di­reitos la­bo­rais e sa­la­riais com graves con­sequên­cias para as suas vidas, tra­ba­lha­dores das mais va­ri­adas em­presas e sec­tores con­vocam lutas para exigir al­ter­na­tivas que os dig­ni­fi­quem.

Na em­presa mu­ni­cipal de re­colha de re­sí­duos só­lidos, Re­sis­trela, com ac­ti­vi­dade em di­versos con­ce­lhos nos dis­tritos de Cas­telo Branco e da Guarda, os tra­ba­lha­dores cum­priram uma greve de 24 horas, an­te­ontem, contra o con­ge­la­mento de sa­lá­rios e a re­ti­rada de um con­junto de di­reitos la­bo­rais con­sa­grados, anun­ciou o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local, STAL/​CGTP-IN, através de um co­mu­ni­cado de 30 de Abril.

A la­borar nas ins­ta­la­ções da Au­to­eu­ropa, os tra­ba­lha­dores da IPODEC con­cen­traram-se à porta da em­presa, em Sa­cavém, no dia 28 de Abril, onde de­nun­ci­aram o «des­res­peito total pelos seus di­reitos e por não terem ac­tu­a­li­za­ções sa­la­riais há mais de um ano. Num co­mu­ni­cado, o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores das In­dús­trias Me­ta­lúr­gicas e Me­ta­lo­me­câ­nicas do Sul ex­plicou como, «sem qual­quer jus­ti­fi­cação, a em­presa deixou de pagar o prémio tri­mes­tral» e con­tinua a re­cusar ne­go­ciar com os re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores. Também está a tentar evitar pagar os custos de des­lo­cação, de­vidos aos tra­ba­lha­dores, sobre os dias em que a Au­to­eu­ropa não cede trans­porte, e des­conta, na re­tri­buição, os dias de des­canso com­pen­sa­tório, acusou a di­recção sin­dical que re­clama ne­go­ciar o ca­derno rei­vin­di­ca­tivo.

Na Re­nault Chelas, os tra­ba­lha­dores ini­ci­aram uma série de greves que se pro­longam até dia 21. Aqui, a em­presa anun­ciou, uni­la­te­ral­mente, au­mentos de oito cên­timos por dia, tendo im­posto o con­ge­la­mento de sa­lá­rios no ano pas­sado. Con­gra­tu­lando-se com uma re­cente vi­tória ju­di­cial contra a Re­nault Chelas, re­la­tiva a dis­cri­mi­na­ções na atri­buição de pré­mios, a Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN anun­ciou a dis­tri­buição, aos cli­entes, de um fo­lheto onde os sen­si­bi­liza para esta si­tu­ação.

Na Brisa, o Sin­di­cato do Co­mércio de­tectou dis­cri­mi­na­ções de só­cios do CESP/​CGTP-IN, na ac­tu­a­li­zação sa­la­rial que en­trou em vigor no mês pas­sado, be­ne­fi­ci­ando os só­cios do sin­di­cato da UGT. Lem­brando que se trata de «um crime pre­visto e pu­nido que a con­ces­si­o­nária das au­to­es­tradas co­mete, de­li­be­ra­da­mente, contra uma parte sig­ni­fi­ca­tiva dos tra­ba­lha­dores», o CESP re­clamou a apli­cação, a todos os fun­ci­o­ná­rios, do Acordo Co­lec­tivo de Tra­balho, lem­brando os seus só­cios de que aquela dis­cri­mi­nação é um crime «pre­visto e pu­nido pelo ar­tigo 407.º do Có­digo do Tra­balho», além de in­correr numa contra-or­de­nação grave.

Na Eu­ros­puma, em Guetim, Es­pinho, os 60 tra­ba­lha­dores, com os sa­lá­rios con­ge­lados há dois anos, cum­priram, dia 29, duas horas de greve por ac­tu­a­li­za­ções sa­la­riais e contra a re­ti­rada de di­reitos con­sa­grados, como o prémio de as­si­dui­dade, a folga de 24 de De­zembro, entre ou­tras, anun­ciou o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da Quí­mica, Far­ma­cêu­tica, Pe­tróleo e Gás do Norte, Si­nor­quifa/​CGTP-IN.



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