Grandes sem tributação

A pro­posta de lei sobre tri­bu­tação de mais-va­lias mo­bi­liá­rias - que o Go­verno en­viou à AR, como se também os lu­cros ob­tidos na es­pe­cu­lação bol­sista pas­sassem a pagar im­posto - abrange apenas uma pe­quena parte dos ren­di­mentos ob­tidos em bolsa e deixa de fora os fundos de in­ves­ti­mento mo­bi­liário, as so­ci­e­dades ges­toras de par­ti­ci­pa­ções so­ciais, as so­ci­e­dades de ca­pital de risco e todos os não re­si­dentes. Para a CGTP-IN, é pre­ci­sa­mente na parte não abran­gida que se geram grandes vo­lumes fi­nan­ceiros, o que levou a cen­tral, numa nota emi­tida dia 6, a afirmar que «o Go­verno con­tinua a pro­teger os in­te­resses dos grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros que es­pe­culam no mer­cado bol­sista».

An­te­ontem, num co­men­tário mais de­sen­vol­vido sobre a mesma ma­téria (e também sobre o re­gime dos be­ne­fí­cios fis­cais), a cen­tral re­toma a acu­sação e apela à in­dig­nação dos tra­ba­lha­dores. O Go­verno «ameaça os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação mais des­fa­vo­re­cida com au­mentos de im­postos», mas não toma me­didas para tri­butar «a ri­queza mo­bi­liária e imo­bi­liária, os lu­cros es­can­da­losos dos ac­ci­o­nistas das em­presas e do sector fi­nan­ceiro e o fim dos be­ne­fí­cios fis­cais sem fins so­ciais», pro­testa a Inter, ci­tando dados sobre o valor dos ac­tivos dos fundos de in­ves­ti­mento, fundos de gestão de pa­tri­mó­nios e so­ci­e­dades ges­toras de fundos de pen­sões (cerca de 90 mil mi­lhões de euros no final de 2009). Nas tran­sac­ções na Bolsa de Lisboa, que so­maram quase 45 mil mi­lhões de euros, nos pri­meiros quatro meses de 2010, mais do que du­pli­cando o valor de igual pe­ríodo de 2008, pre­do­minam os in­ves­ti­dores não re­si­dentes (es­tran­geiros) e as SGPS - que o Go­verno não vai abranger com as re­gras.



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