Resistir e persistir na Petrogal

Os sin­di­catos da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN (Si­nor­quifa e Sin­quifa) e o Sicop de­ci­diram, na se­gunda-feira, sus­pender a greve de quatro dias que, an­te­ontem, iria ter início na Pe­trogal. A ad­mi­nis­tração da em­presa e do Grupo Galp Energia, pela mão de «vá­rias che­fias», foi acu­sada de, «na base de men­tiras, ame­aças e ati­tudes pro­vo­ca­tó­rias e chan­ta­gistas», ins­talar «um au­tên­tico clima de terror nos lo­cais de tra­balho, com o único ob­jec­tivo de boi­cotar a re­a­li­zação da greve». Com es­pe­cial in­ci­dência nas re­fi­na­rias de Sines e do Porto, «estas ac­ções ile­gais atin­giram uma gra­vi­dade nunca antes ve­ri­fi­cada», im­pe­diram o «normal e livre» exer­cício do di­reito à greve e contra os seus au­tores vão ser apre­sen­tadas queixas-crime - adi­an­taram as es­tru­turas da co­missão sin­dical ne­go­ci­a­dora.

Para «re­de­finir uma es­tra­tégia de luta», vão re­a­lizar-se ple­ná­rios nas di­versas ins­ta­la­ções, re­fere o co­mu­ni­cado que os sin­di­catos di­vul­garam dia 17.

Poucos dias antes, as es­tru­turas da CGTP-IN ti­nham re­a­fir­mado os justos mo­tivos da luta, após o «pa­cote» de me­didas anun­ciado pelo Go­verno, e ti­nham feito um apelo à mo­bi­li­zação para a ma­ni­fes­tação na­ci­onal de 29 de Maio.

A Co­missão Cen­tral de Tra­ba­lha­dores da Pe­trogal, que par­ti­cipou na reu­nião da co­missão co­or­de­na­dora da greve para ana­lisar os acon­te­ci­mentos das úl­timas duas se­manas, na em­presa, saudou «a res­pon­sa­bi­li­dade das or­ga­ni­za­ções sin­di­cais» e exortou os tra­ba­lha­dores a re­for­çarem a sua uni­dade e or­ga­ni­zação e darem con­ti­nui­dade à luta, «desde já através da sua par­ti­ci­pação na ma­ni­fes­tação na­ci­onal de 29 de Maio».

Os sin­di­catos vão re­querer «a in­ter­venção das vá­rias ins­tân­cias do Es­tado com com­pe­tência para zelar pela apli­cação da Cons­ti­tuição».



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