Assalto à frota de ajuda humanitária

Israel ataca «Liberdade»

Cerca de duas de­zenas de pes­soas mor­reram e pelo menos ou­tras 36 fi­caram fe­ridas de­pois de um ataque das forças ar­madas is­ra­e­litas a uma ca­ra­vana de ajuda hu­ma­ni­tária que se di­rigia à Faixa de Gaza.

«Os na­vios le­vavam 10 to­ne­ladas de ajuda hu­ma­ni­tária para Gaza»

Em nota pu­bli­camos na ín­tegra, o PCP con­dena este acto de ter­ro­rismo de Es­tado per­pe­trado por Is­rael contra a «Frota da Li­ber­dade» em águas in­ter­na­ci­o­nais.

De acordo com in­for­ma­ções vei­cu­ladas por agên­cias, o grupo de em­bar­ca­ções con­tendo dez to­ne­ladas de ajuda hu­ma­ni­tária e cen­tenas de de­fen­sores dos di­reitos hu­manos, ac­ti­vistas pró-pa­les­ti­ni­anos e, até, al­guns eu­ro­de­pu­tados, foi lo­ca­li­zado por três vasos de guerra is­ra­e­litas na ma­dru­gada de do­mingo para se­gunda-feira.

De­tec­tada a frota, o co­mando is­ra­e­lita de­cidiu abordar o navio turco que a li­de­rava. O as­salto foi le­vado a cabo por um con­tin­gente ae­ro­trans­por­tado, na sequência da qual terão mor­rido cerca de duas de­zenas de par­ti­ci­pantes na ini­ci­a­tiva de ca­rácter hu­ma­ni­tário.

As au­to­ri­dades de Is­rael im­pu­seram o si­lêncio sobre a ma­téria di­fun­dindo apenas uma nota com a sua versão, se­gundo a qual os sol­dados terão agido em le­gí­tima de­fesa. Para além do exe­cu­tivo de Te­la­vive nin­guém atesta tal lei­tura dos acon­te­ci­mentos.

Do lado dos pa­les­ti­ni­anos, o Hamas, par­tido que go­verna a Faixa de Gaza, apelou ao pro­testo ge­ne­ra­li­zado frente às re­pre­sen­ta­ções di­plo­má­ticas de Is­rael em todo o mundo, ao passo que a Au­to­ri­dade Na­ci­onal Pa­les­ti­niana na Cis­jor­dânia exigiu a con­vo­cação de uma reu­nião de emer­gência do Con­selho de Se­gu­rança das Na­ções Unidas e de­cretou três dias de luto na­ci­onal.

A UE con­vocou uma reu­nião de emer­gência dos mi­nis­tros dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros dos países mem­bros e os EUA la­men­taram a morte de civis no que chamam de «in­ci­dente». Com cau­telas que nunca se ob­servam quando se trata de um dos países ditos do «eixo do mal», todos re­petem a ne­ces­si­dade de uma «in­ves­ti­gação apro­fun­dada» que apure as cir­cuns­tân­cias e, para já, ad­mitem apenas como hi­pó­tese que o ataque tenha sido «des­pro­por­ci­o­nado».

 

Nota do Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral

PCP con­dena acto de ter­ro­rismo de Es­tado

 

«O Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês con­dena o cri­mi­noso mas­sacre per­pe­trado pelas forças mi­li­tares is­ra­e­litas contra a missão de ajuda hu­ma­ni­tária que se di­rigia à Pa­les­tina com cerca de dez mil to­ne­ladas de bens de pri­meira ne­ces­si­dade para fazer frente à ca­la­mi­tosa si­tu­ação hu­ma­ni­tária na Faixa de Gaza re­sul­tante do ilegal blo­queio man­tido contra este ter­ri­tório e o seu povo.

«O ataque contra esta missão hu­ma­ni­tária que custou a vida a cerca de duas de­zenas de civis de vá­rias na­ci­o­na­li­dades cons­titui uma fla­grante e cho­cante vi­o­lação das mais ele­men­tares re­gras do di­reito in­ter­na­ci­onal, um acto de pi­ra­taria e mais uma prova da po­lí­tica de ter­ro­rismo de um Es­tado que tem con­tado com a co­ni­vência e o apoio dos EUA e da União Eu­ro­peia.

«Pe­rante tão grave acon­te­ci­mento o PCP exige do go­verno por­tu­guês uma clara e pronta po­sição de con­de­nação de mais este crime de Is­rael. Uma po­sição que no âm­bito da po­lí­tica ex­terna por­tu­guesa e da par­ti­ci­pação de Por­tugal nas di­versas ins­tân­cias in­ter­na­ci­o­nais não per­mita qual­quer im­pu­ni­dade de Is­rael e re­tire deste acon­te­ci­mento todas as con­sequên­cias po­lí­ticas, di­plo­má­ticas e de re­la­ci­o­na­mento com o Es­tado de Is­rael.

«O PCP rei­te­rando o seu inequí­voco apoio à luta do povo pa­les­ti­niano pela edi­fi­cação do Es­tado da Pa­les­tina nas fron­teiras an­te­ri­ores a 1967 e com ca­pital em Je­ru­salém, apela ao povo por­tu­guês, às or­ga­ni­za­ções do mo­vi­mento da paz e de so­li­da­ri­e­dade com o povo da Pa­les­tina que ex­pressem o seu pro­testo, in­dig­nação e con­de­nação face a mais um he­di­ondo crime do Go­verno e das forças mi­li­tares is­ra­e­litas».



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