Presidenciais na Colômbia

Segunda volta

Os can­di­datos dos par­tidos U e Verde, Juan Ma­nuel Santos e An­tanas Mockus, res­pec­ti­va­mente, vão dis­putar a se­gunda volta das pre­si­den­ciais co­lom­bi­anas. Com quase cem por cento dos votos con­tados, o can­di­dato do par­tido do go­verno ga­rantia 46,58 por cento dos bo­le­tins contra 21,47 por cento re­co­lhidos por Mockus.

Fora do apu­ra­mento com­ple­mentar (que se dis­puta a 20 de Junho) fi­caram os can­di­datos Germán Vargas, do Cambio Ra­dical, com 10,16 por cento, e Gus­tavo Petro, do Polo De­mo­crá­tico Al­ter­na­tivo, com 9,17 por cento dos votos. Petro su­perou em quase quatro pontos per­cen­tuais os dados das son­da­gens.

Num su­frágio em que vo­taram menos de me­tade dos ha­bi­li­tados para tal, o acto foi con­si­de­rado livre e justo, em­bora seja im­pos­sível ocultar pelo menos um caso de compra de votos a favor de Juan Ma­nuel Santos, con­fir­mado por uma or­ga­ni­zação ob­ser­va­dora das elei­ções.

Igual­mente ver­da­deiro mas pouco ci­tado é o envio de 350 mil mi­li­tares e po­lí­cias para os 32 de­par­ta­mentos do ter­ri­tório, con­tin­gente re­pres­sivo par­ti­cu­lar­mente ac­tivo nas re­giões de An­to­quia e Valle de Cauca, onde mi­lhares de cam­po­neses e as­sa­la­ri­ados ru­rais se têm oposto à po­lí­tica go­ver­na­mental ao ser­viço dos la­ti­fun­diá­rios. Nestas áreas e na ca­pital, Bo­gotá, so­bres­saem ainda acu­sa­ções de compra de votos e pressão sobre os elei­tores por parte de mem­bros das as­sem­bleias de voto, bem como im­pe­di­mento da to­mada de posse de de­le­gados do Par­tido Verde e do Pólo De­mo­crá­tico Al­ter­na­tivo. A isto soma-se a im­pos­si­bi­li­dade por parte dos elei­tores da con­sulta do sis­tema di­gital de vo­tação, ge­rido por uma em­presa pri­vada.

 

Se­me­lhantes in­dis­far­sá­veis

 

Tec­ni­ca­mente em­pa­tados nas pes­quisas de in­tenção de voto re­a­li­zadas antes da ida às urnas, Santos e Mockus de­fen­deram vi­sões se­me­lhantes sobre o con­flito na Colômbia. Ne­nhum dos dois can­di­datos se mostra fa­vo­rável ao in­ter­câmbio hu­ma­ni­tário com as Forças Ar­madas Re­vo­lu­ci­o­ná­rias da Colômbia (FARC) e ambos sus­tentam, pesem as di­fe­renças de lin­guagem, a con­ti­nui­dade da po­lí­tica re­pres­siva, no­me­a­da­mente a ma­nu­tenção das bases norte-ame­ri­canas no país.

Acresce que para Mockus nem o ac­tual pre­si­dente, Álvaro Uribe, nem o seu ad­ver­sário e ex-mi­nistro da De­fesa, Juan Ma­nuel Santos, podem ser res­pon­sa­bi­li­zados no caso dos falsos po­si­tivos. O es­cân­dalo dos falsos po­si­tivos re­fere-se à exe­cução de jo­vens tra­ba­lha­dores co­lom­bi­anos que eram, pos­te­ri­or­mente, apre­sen­tados como guer­ri­lheiros das FARC cap­tu­rados pelas forças ar­madas. A ONU diz que a im­pu­ni­dade sobre estes as­sas­si­natos as­cende a mais de 98 por cento.

 



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