No pas­sado dia 5 de Julho, a Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Se­túbal da JCP levou a cabo a pin­tura de um mural, na Costa da Ca­pa­rica, com o ob­jec­tivo de di­vulgar a cam­panha «Paz Sim! NATO não!», que pre­tende de­nun­ciar o ca­rácter agres­sivo e mi­li­ta­rista deste bloco po­lí­tico-mi­litar im­pe­ri­a­lista.

A cam­panha conta já com mais de cem or­ga­ni­za­ções de todo o País e tem de­sen­vol­vido di­versas ac­ções desde a sua cons­ti­tuição. Não obs­tante este facto, agentes da au­to­ri­dade des­lo­caram-se ao local im­pe­dindo a con­clusão do mural, iden­ti­fi­cado mem­bros da JCP, apre­en­dendo as tintas e des­truindo ma­te­rial de pin­tura.

«Mais uma vez se ve­ri­ficou um ina­cei­tável ataque aos di­reitos cons­ti­tu­ci­o­nais, contra a li­ber­dade de ex­pressão e pro­pa­ganda po­lí­tica. Esta acção rei­te­rada das au­to­ri­dades face a ac­ções si­mi­lares da JCP, evi­dencia uma ori­en­tação clara, con­trária à lei maior do nosso País e à luta do povo por­tu­guês pela li­ber­dade que cul­minou nas con­quistas de Abril», re­fere a JCP, que re­pudia estes actos, afir­mando que «a me­lhor forma de de­fender este e ou­tros di­reitos, é exercê-los. Assim, pela paz, pela li­ber­dade, pelos di­reitos da ju­ven­tude, pros­se­gui­remos com a nossa ac­ti­vi­dade e com a pin­tura de mu­rais.»