Greve com concentração hoje em Lisboa

Ferroviários exigem segurança

O SNTSF/​CGTP-IN agendou para hoje uma con­centração em Lisboa, para exigir do Go­verno um efec­tivo reforço do po­li­ci­a­mento, e «não apenas acções quando as câmaras de te­levisão estão pre­sentes».

Por mais po­li­ci­a­mento e menos se­gu­rança pri­vada

Num co­mu­ni­cado de dia 19, o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário su­bli­nhou que, de­pois de ter anun­ciado a con­cen­tração que vai de­correr a partir das 14 horas, di­ante do Mi­nis­tério da Ad­mi­nistração In­terna, «as­sis­timos à ope­ração me­diá­tica sobre a in­ter­venção de po­lí­cias nos com­boios das li­nhas de Sintra e de Cas­cais».

Ao sa­li­entar que «os tra­ba­lha­dores fer­ro­viá­rios são os pri­meiros a querer que o trans­porte fer­ro­viário con­tinue a ser se­guro», o SNTSF re­clama «me­didas con­cretas e pro­lon­gadas no tempo, e não apenas ac­ções quando estão as câ­maras de te­le­vi­sões pre­sentes».

Para fa­ci­litar a par­ti­ci­pação na con­cen­tração está agen­dada uma pa­ra­li­sação, entre as 13 e as 16 horas, ex­cepto para os tra­ba­lha­dores que du­rante aquele pe­ríodo es­tejam de ser­viço nos com­boios.

Te­mendo que «haja agora muito ba­rulho em torno da se­gu­rança e de­pois tudo seja es­que­cido, vol­tando-se à si­tu­ação an­te­rior», o sin­di­cato con­si­dera que a so­lução passa pela de­cisão do Go­verno de re­forçar os efec­tivos das forças po­li­ciais na­quelas li­nhas, «e não pelo re­forço de se­gu­ranças pri­vados».

Dia 7, no co­mu­ni­cado onde anun­ciou esta con­cen­tração, o SNTSF já tinha acu­sado o Go­verno de estar a pre­tender «passar a res­pon­sa­bi­li­dade» da se­gu­rança nos com­boios «para a CP, que tem con­tra­tado se­gu­ranças pri­vados». No en­tanto, «como os casos mos­tram, não são so­lução para o pro­blema de fundo que ci­cli­ca­mente se re­pete». Ao clas­si­ficar como «ina­de­quada» a con­tra­tação de se­gu­ranças pri­vados, o sin­di­cato sa­li­entou que aquela opção «é sempre um ne­gócio lu­cra­tivo para uma em­presa pri­vada, à custa do erário pú­blico, numa área em que a res­pon­sa­bi­li­dade é do Go­verno».

Lem­brando que a se­gu­rança dos ci­da­dãos é da ex­clu­siva res­pon­sa­bi­li­dade dos go­vernos e não de forças pri­vadas de se­gu­rança, o SNTSF re­cordou que este pro­blema «abrange todos os tra­ba­lha­dores», atin­gindo, «com maior in­ci­dência, os da re­visão.

Du­rante a greve, prevê-se que seja afec­tado o normal fun­ci­o­na­mento nas li­nhas de Cas­cais e de Sintra, mas também nas es­ta­ções de Santa Apo­lónia, Bar­reiro e Are­eiro.

Pro­cessos ar­qui­vados

Foram ar­qui­vados os pro­cessos dis­ci­pli­nares ins­tau­rados aos tra­ba­lha­dores que, na greve de 27 de Abril, re­cu­saram subs­ti­tuir tra­ba­lha­dores em greve e aos que não aca­taram os ser­viços mí­nimos que a CP tentou impor «ile­gal­mente». «Demos um passo na de­fesa de um im­por­tante di­reito, numa luta que ainda não ter­minou e que se jus­ti­fica desde que queiram li­mitar o exer­cício de um di­reito», con­si­derou o SNTSF, num co­mu­ni­cado de dia 16.

Nesse mesmo dia, o sin­di­cato des­con­vocou uma con­cen­tração, na Refer, di­ante da ad­mi­nis­tração, para re­clamar as con­ces­sões para os tra­ba­lha­dores não oriundos da CP que vivem em união de facto, con­forme consta num pro­to­colo as­su­mido pela em­presa. Em vez da acção, uma de­le­gação sin­dical sin­dical reuniu com a ad­mi­nis­tração, tendo esta re­ve­lado que aqueles com­pro­missos en­trarão em vigor no dia 1 de Agosto.


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